Programa do Festival

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Quatro Vozes

Canções que viajam pelos cantões desse Brasil na voz de A Quatro Vozes
“...tem magia encontro e poesia,é esperança no olhar...”

O Canto de Minas não é apenas o título do novo CD do quarteto A Quatro Vozes, lançamento Paulus. Ele vem revelar a origem e toda a musicalidade das quatro vocalistas, que reflete o percurso de mais de dez anos de trabalho de Dora, Jussara, Jurema e Thatiana.
Lá das Gerais, essas quatro mulheres, todas da mesma família, encantam pela alegria, harmonia, simplicidade e, principalmente, pela serenidade que desenvolvem todo o repertório musical. Com esse novo CD, essas mineiras dialogam com o imortal “Clube da Esquina” de Milton, Lô, Tiso, Márcio, Beto..., reverenciando toda a sua importância no cenário musical nacional e internacional. Isso pode ser percebido na faixa “Tempos e Canções” (Osvaldo Fabian Ossa e Doralice Otaviano), onde relembramos toda a poesia e musicalidade apresentada por estes mineiros, principalmente aquelas de autoria de Beto Guedes.

Nesse contexto constelar da diversidade mineira, O Canto de Minas tem luz melódica não só extraída das raízes do estado. É eclético, recheado de sons, dentre eles o afro, e estilos diversos como cantigas, baladas, temas regionais, folclore e samba raiz.

O Canto de Minas se enquadra nesta diversidade poético-musical. Viaja pelos cantões desse Brasil, com canções finamente selecionadas que se transformam em interessante e alquímica trama de sons e ritmos, valorizando a pluralidade musical do grupo. Ao ouvir “Santos Negros” (Cássia Maria Araújo) a melodia nos remete às procissões realizadas em uma das estreitas ruas de São João Del Rei ou mesmo de Ouro Preto, momentos de extrema celebração coletiva. Já “De luas a sóis” (Brau Mendonça e Ozias Stafuzza) nos conforta, leva-nos a um momento mágico e de profunda introspecção: “...O acaso e o destino só nos levaram qual chuva que cai sem saber pra onde a estrada vai, viajantes...”.

Na Música Popular Brasileira, a obra pode ser alinhada às matrizes poéticas de primeira grandeza, entrelaçando com sabedoria diversos ritmos como o congado (original de Moçambique), nas faixas “Boi do Pindaré” (domínio público) e “Essa Alegria” (Lula Queiroga). O regionalismo está representado pela bela “Quarto Crescente” (Divino Arbués); por Pantanal (Marcus Viana) – um canto nativo dos índios Krahô, música de sucesso e tema de abertura de novela, do mesmo nome, na TV Manchete – marco da televisão brasileira na década de 90; e “Vendedor de Caranguejo” (Gordurinha) interpretada em duas oportunidades por Gilberto Gil nos CDs Quanta (1997) e Quanta gente veio ver (1998).

Ficha Técnica:
O Canto de Minas
Cantiga do caminho (domínio público)
Upa Neguinho (Edu Lobo)
A Flor da África (Ozias Stafuzza)
Santos Negros (Cássia Maria Araújo)
Bola de meia, bola de gude ( Milton Nascimento e Brant)
Mira Ira (Lula Barbosa)
Pantanal (Marcus Viana)
Trenzinho do caipira ( Vila Lobos )
Yolanda ( Pablo Melanez e Chico Buarque)
O Boi do Pindaré (domínio público)
Vendedor de Caranguejo (Gordurinha)
Samba de tia Joana ( Jussara e Dora )
Amor não se Compra (Jussara Otaviano)
Conto de Areia (Toninho e Romildo)

FICHA TECNICA

Doralice Otaviano (médios agudos)
Jussara Otaviano (médios agudos)
Jurema Otaviano (médios graves)
Thatiana Otaviano (médios graves)

Músicos:
Bráulio Mendonça -Violão e Viola
Bebe do Goes – Percussão
Daniel Kid - Baixo

A QUATRO VOZES

O grupo vocal A QUATRO VOZES, formado pelas irmãs Dora, Jurema e Jussara e sua sobrinha Thatiana, acompanhadas de um quarteto de instrumentistas – buscam fazer música popular brasileira de maneira apaixonada.

A necessidade da música em suas vidas é herança da mãe, que cantarolava enquanto colhia café, no interior de Minas Gerais, encantando o coração do pai, então militar que fazia guarda por perto. Com determinação e paixão buscaram oportunidades para expressar um trabalho, fruto de dedicação, estudo e pesquisa da cultura brasileira. De igrejas e manifestações populares, passam a apresentar-se em festivais e bares, já em São Paulo. Música expressada com liberdade, interação e envolvimento social. E com arranjos vocais trabalhados em quatro timbres.

Desenvolvem um trabalho de resgate da MPB mesclando inúmeros elementos de uma forma muito original através de músicas que expressam o valor do indivíduo, dos sentimentos humanitários e da cultura brasileira originária das mesclas do branco, do negro e do índio.

Em seu primeiro CD solo “FELICIDADE GUERREIRA” o grupo desenvolve uma interessante e alquímica trama de sons e ritmos mostrando aos que o ouvem a pluralidade musical do nosso Brasil em um passeio pela diversidade de muitos estilos, representados neste trabalho com a balada, o calango, a bossa, o samba...

No repertório há clássicos da MPB (Gil, Chico Buarque, Vinicius) e obras de novos compositores, alguns dos quais integram o grupo.

Ao longo destes anos vem apresentando esse trabalho em diferentes locais e cenários culturais. Participou do 17º Festival Do Fogo de Cuba, na cidade de Santiago, em 1997, ano que a homenagem da mostra foi dedicada ao Brasil. No ano seguinte esteve no FEMADUM e fez uma apresentação especial com a bateria do OLODUM no Pelourinho, Salvador (BA).

O grupo lançou em 2002 o CD no 33º Festival de Inverno de Campos do Jordão, e vem realizando shows em diversos locais - Memorial da América Latina, Centro Cultural São Paulo, Teatro Municipal, Tom Brasil, Supremo Musical, Sesc Ipiranga, Sesc Vila Mariana, Sesc Santo Amaro, Sesc Belenzinho, Sesc Sto André, São Luis do Paraitinga, Cunha, Santo André, Iguape, - FNAC – RJ, Guaxupé, Divinópolis, Museu Abílio Barreto, Utópica Marcenaria – MG , Salvador, Maceió, Recife, Fortaleza e Curitiba .

O seu 2º CD  O CANTO DE MINAS lançado em 2004 pela gravadora PAULUS, vem reverenciar a musica das Gerais e se enquadra nesta diversidade poético-musical. Viaja pelos cantões desse Brasil, com canções finamente selecionadas que se transformam em interessante e alquímica trama de sons e ritmos, valorizando a pluralidade musical do grupo. Ao ouvir “Santos Negros” (Cássia Maria Araújo) a melodia nos remete às procissões realizadas em uma das estreitas ruas de São João Del Rei ou mesmo de Ouro Preto, momentos de extrema celebração coletiva. Já “De luas a sóis” (Brau Mendonça e Ozias Stafuzza) nos conforta, leva-nos a um momento mágico e de profunda introspecção: “... O acaso e o destino só nos levaram qual chuva que cai sem saber pra onde a estrada vai, viajante”.

No ano de 2005 o álbum O CANTO DE MINAS foi indicado na categoria vocal como um dos melhores grupos pelo prêmio TIM.

No projeto RUMOS, promovido pelo ITAU CULTURAL, o quarteto também está presente no projeto com a musica de uma das componentes.

Do álbum FELICIDADE GUERREIRA foi selecionada a música “Isso é Brasil” para estar em um dos cds da coletânea BOTICARIO BRASILIDADES, que será ouvido em todas as lojas do Boticário em todo o país no 2º semestre.

E no projeto CONEXÃO TELEMIG CELULAR, o quarteto ficou entre os 10 escolhidos, como novos rumos da musica mineira.

No ano de 2008 o quarteto lança o 3º CD INTERIOR pela gravadora PAULUS onde remontam um cenário intimo e peculiar, que traz no ritmo dos tambores e na melodia das vozes uma maneira de cantar músicas que falem do povo Brasileiro, nesta obra procuram reconhecer a potencialidade cultural das cidades do interior do país que transcende o seu próprio significado revelando o interior do povo brasileiro, resgatando hábitos e valores culturais tão banalizados pela produção de massa da atualidade e pela grande mídia. O CD foi abrilhantado com a musica Vento frio, alma quente do grupoVOZ . O Quarteto A QUATRO VOZES tem se apresentado em vários espaços culturais dentro e fora do Brasil: de 2008 a 2009 SESCs - Consolação, Pompéia, Ipiranga, Rio Preto, Presidente Prudente, S.J. dos Campos, SESIs Santos, S.Bernardo do Campo, Marilia, Mauá, Birigui. Prefeituras de S. Paulo, Fortaleza, Guaxupé, Santo André, Jaguariúna, Bertioga, Tiete, Embu das artes.
Portugal –Sintra -restaurante Orixás, Lisboa- Biblioteca Joanina, Santa Maria da Feira – Europarque.  Outros congressos, Centros culturais, teatros.

http://www.youtube.com/watch?v=Vf4HYdpNt8A

http://www.youtube.com/watch?v=cu4S-nWenVE&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=zidwJlqBYws&feature=related

http://www.myspace.com/aquatrovozes

Quarteto Original

Chris Stout nasceu e cresceu na ilha de Shetland, ao norte da Escócia, e vive hoje em Glasgow,onde estudou violino e composição eletroacústica na Royal Scottish Academy of Music and Drama.
É reconhecido nacional e internacionalmente como um dos melhores violinistas de música tradicional escocesa de seu país.
Chris é líder da banda Fiddler’s Bid e integrante das bandas Salsa Celtica, Finlay MacDonald Band e Celtic Feet. Além das bandas, Chris desenvolve trabalho de duo
com a harpista Catriona MacKay e trabalho solo em música tradicional e eletroacústica.
Uma faixa do seu último album solo, First o’ the Darkenin" foi nomeada música tradicional no BBC Folk Award 2005.

saiba mais:

http://www.chrisstout.co.uk/


Thomas Rohrer nasceu em Basiléia na Suíça, iniciou seus estudos musicais como violinista e estudou saxofone com Othmar Kramis na escola de jazz de Lucerna. Desde 1995 vive no Brasil e hoje é um destacado rabequeiro da música tradicional brasileira e
integrante do grupo musical A Barca. Além da música tradicional brasileira, Thomas
desenvolve um intenso trabalho no campo da improvisação livre.
Thomas colabora em gravações e apresentações de Zeca Baleiro,Paulinho Lepetit, Ceumar, Siba,Quarteto Original e CarlinhosAntunes no Brasil e com John La
Barbera, Steve Gom e Ed Sarath,entre outros na Europa.

saiba mais:
www.myspace.com/thomasrohrer


Carlinhos Antunes é um músico versátil. Toca violão, viola, charango, cuatro, kora, saz e percussão variada. Tem como principal característica viajar e pesquisar sons de diversas partes do mundo e do Brasil. Com uma vasta carreira nacional e internacional em seus 26 anos de estrada, esse músico, também historiador pela PUC-SP, já atuou
com grandes nomes do Brasil e do exterior, como Tom Zé, Adoniram Barbosa, Jair Rodrigues, Oswaldinho do Acordeom, Badi Assad, Susana Baca (Peru), Carlos Nuñes (Espanha), Paul Winter (EUA), Mahala Räi Band e Ionel Manole Trio (Romênia), Samir
e Wissan Jubran (Palestina), Antonio Chainho (Portugal), Pascal Lefeuvre (França), dentre outros artistas. Co-dirigiu a Orquestra Mediterrânea, a convite do SESC-SP, que reuniu 25 músicos de países do mediterrâneo e fez a regência do show de lançamento do CD de Tom Zé, considerado pelo Jornal Estado de São Paulo como um dos melhores shows de ano 2006. Também dirige a Orquestra Mundana e é um dos fundadores do Trio Atlântico. Além de Festivais Internacionais, que participa desde 1987, Antunes vem realizando shows em vários Estados e cidades brasileiras.

saiba mais:

http://www.carlinhosantunes.com.br/

Rui Barossi é bacharel em música pela Universidade de Campinas. Participou das edições de 1997 e 1999 do Festival de Inverno de Campos do Jordão e de 2000 do
Festival de Música de Curitiba.Contrabaixista, arranjador e compositor, compõe trilhas sonoras para teatro e tocou com diversos artistas como Sylvinha e Eduardo Araújo, Gary Brown, Luíza Possi,Jorge Mautner, Badi Assad, Virgínia Rosa, Luciana Amaral, Marina de La Riva, Graça Cunha, Chris Stout (Escócia), Oleg Fateev (Moldávia), entre outros. Já se apresentou em diversos países (França, Alemanha, Burkina Faso Escócia, Holanda, Índia etc) e em Festivais Internacionais como Celtic Connections, Nuits
Atypiques de Langon, Nuits Atypiques de Koudougou, Savassi Jazz Fest.
Atualmente faz parte dos grupos Comboio, À Deriva, Gato Negro, Carlinhos Antunes e Orquestra Mundana, Banda Urbana, Los Locos e Soft Shoes.

saiba mais:

www.myspace.com/ruibarossi

Susanna Busato

Susanna Busato é nascida em São Paulo, SP, em 1961. É Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, de São José do Rio Preto, SP e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Leciona Poesia Brasileira, no Curso de Licenciatura em Letras e na Pós-Graduação em Letras da UNESP, campus de São José do Rio Preto, desde 1999. Premiada no Mapa Cultural Paulista, categoria Poesia, em junho de 2010, tem poemas publicados na Revista Cult, Revista Brasileiros e nas revistas eletrônicas Zunái e Aliás. Alguns de seus textos críticos de poesia estão publicados na Revista Zunái e Germina, no Portal Cronópios e na revista eletrônica Espéculo. Revista de estudios literários da Universidad Complutense de Madrid. Organizou juntamente com Sérgio Vicente Motta o e-book Fragmentos do Contemporâneo: leituras, São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009, pelo selo Editora da UNESP. Mantém um blog onde o exercício criativo e crítico desenha coordenadas www.meupapelderiscos.blogspot.com E-mail: susanna@ibilce.unesp.br e susanna.busato@gmail.com




Marcelo Tapia

Diretor do Museu Casa Guilherme de Almeida

Escritor, editor e publicitário, nascido em Tietê , São Paulo, em 1/1/1954. Reside em São Paulo. Já publicou os seguintes livros:

Primitipo – poesia – Massao Ohno / Maria Lydia Pires e Albuquerque Editores, SP, 1982
O Bagatelista – poesia – Edições Timbre, SP, 1985
Joyce – Poemas (tradução) – Editora Expressão, SP, 1986
Haikais do Tempo / Tankas e Haikais da Lua (tradução) – Editora Olavobrás, 1988
Rótulo – poesia – Editora Olavobrás, SP, 1990
Livro Aberto – conto – Editora Olavobrás, SP, 1991
Joyce – Poemas (com Luis Dolhnikoff) – Editora Olavobrás, SP, 1992
Pedra Volátil – Poemas – Editora Olavobrás, 1996
- Os passos perdidos de Alejo Carpentier - Tradução de Marcelo Tápia - Martins Fontes -2008
- VALOR DE USO - Annablume - ano 2009

Festival da Palavra - parceria UNESP Assis e Poiesis