Aurora
Nasce em mim
essa aurora para te amar
longamente
- uma aurora sempre jovem
que o dia não vencerá,
nem a noite,
Orvalho, sol e noite,
amalgamados, sempre aurora,
na glória tão grande de te amar!
Pedro D'Arcádia Netto
Razão
Amo as pessoas
precisamente porque elas findam.
Não pelo inferno
nem pelo paraíso:
amo as pessoas
precisamente porque elas findam.
Pedro D'Arcádia Netto
"... a vida é um
sopro divino
temporariamente
esquecido na terra."
Pedro D'Arcádia Netto
História da árvore em agosto
Vê como em agosto
são tenros os brotos amarelados
e como eles tecem a árvore.
Vê como o brando leque
dos galhos deita-se no ar,
com toda a confiança.
Vê:
Com todo o conflito de seus ramos,
ela é perfeita
e linda
e eterna
contra o céu de agosto.
Vê, amigo
Vê como ela é eterna.
Pedro D'Arcádia Netto
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Palavras de Pedro D'Arcádia Netto
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Palavras de Mário Faustino
VIDA TODA LINGUAGEM
Vida toda linguagem,
frase perfeita sempre, talvez verso,
geralmente sem qualquer adjetivo,
coluna sem ornamento, geralmente partida.
Vida toda linguagem,
há entretanto um verbo, um verbo sempre, e um nome
aqui, ali, assegurando a perfeição
eterna do período, talvez verso,
talvez interjetivo, verso, verso.
Vida toda linguagem,
feto sugando em língua compassiva
o sangue que criança espalhará - oh metáfora ativa!
leite jorrado em fonte adolescente,
sêmen de homens maduros, verbo, verbo.
Vida toda linguagem,
bem o conhecem velhos que repetem,
contra negras janelas, cintilantes imagens
que lhes estrelam turvas trajetórias.
Vida toda linguagem --
como todos sabemos
conjugar esses verbos, nomear
esses nomes:
amar, fazer, destruir,
homem, mulher e besta, diabo e anjo
E deus talvez, e nada
Vida toda linguagem,
vida sempre perfeita,
imperfeitos somente os vocábulos mortos
com que um homem jovem, nos terraços do inverno, con-
[tra a chuva,
tenta fazê-la enterna - com se lhe faltasse
outra, imortal sintaxe
à vida que é perfeita
língua
eterna.
PRIMEIRO POEMA
Por que vos espantais se eu venho sobre as ondas?
Trago a paz e as distâncias vêm comigo
na boca tenho mundos e nos olhos palavras.
Ouvi-me.
Todas as coisas são palavras minhas:
a mais pura das nuvens
a mais pura que veio de longe e não se dissolveu
as colunas incolores além se levantando
quebradas luminosas líquidas colunas colunas
os cavalos que se empinam sobre a espuma
e o calmo silêncio povoando o mar.
Minhas palavras.
Antigas porém há pouco descobertas.
Lentas como o escurecer das nuvens refletidas
como o tremular tranqüilo da vaga adolescente.
Materiais límpidas palpáveis
frias e mornas coloridas de ondas e descendentes pássaros.
Resumidas numa única
impronunciável Palavra.
Mas eu não sou o Senhor
embora venham comigo a Música e o Poema.
Por que vos ajoelhais se eu vim por sobre as ondas
e só tenho palavras?
Ouvi a minha voz de anjo que acordou:
Sou Poeta.
CARPE DIEM
Que faço deste dia, que me adora?
Pegá-lo pela cauda, antes da hora
Vermelha de furtar-se ao meu festim?
Ou colocá-lo em música, em palavra,
Ou gravá-lo na pedra, que o sol lavra?
Força é guardá-lo em mim, que um dia assim
Tremenda noite deixa se ela ao leito
Da noite precedente o leva, feito
Escravo dessa fêmea a quem fugira
Por mim, por minha voz e minha lira.
(Mas já se sombras vejo que se cobre
Tão surdo ao sonho de ficar – tão nobre.
Já nele a luz da lua – a morte – mora,
De traição foi feito: vai-se embora.)
SOLILÓQUIO
_ Tudo o que importa é ser maravilhoso.
A maravilha: o gesto da inocência.
E do aceno o milagre a renascença
de deslumbrados olhos infantil espaço
e primavera _ o homem volta ao homem;
o inefável gera enfim o mal sublime
no coração deserto; e da terra doença
a rosa azul desponta e levanto-me rei.
_ Eu mesmo sou o encantador do mundo!
Seres e estrelas brotam de meus lábios...
e morro deste belo sofrimento
de ser maravilhoso!
_ Ah, quem pudesse
gritar à noite e ao tempo essas palavras
e partir pelo vento semeando versos
e terminando a criação da terra...
FAUSTINO, Mário. O homem e sua hora. E outros poemas. São Paulo: Cia das Letras, 2009. p.200.
Vida toda linguagem,
frase perfeita sempre, talvez verso,
geralmente sem qualquer adjetivo,
coluna sem ornamento, geralmente partida.
Vida toda linguagem,
há entretanto um verbo, um verbo sempre, e um nome
aqui, ali, assegurando a perfeição
eterna do período, talvez verso,
talvez interjetivo, verso, verso.
Vida toda linguagem,
feto sugando em língua compassiva
o sangue que criança espalhará - oh metáfora ativa!
leite jorrado em fonte adolescente,
sêmen de homens maduros, verbo, verbo.
Vida toda linguagem,
bem o conhecem velhos que repetem,
contra negras janelas, cintilantes imagens
que lhes estrelam turvas trajetórias.
Vida toda linguagem --
como todos sabemos
conjugar esses verbos, nomear
esses nomes:
amar, fazer, destruir,
homem, mulher e besta, diabo e anjo
E deus talvez, e nada
Vida toda linguagem,
vida sempre perfeita,
imperfeitos somente os vocábulos mortos
com que um homem jovem, nos terraços do inverno, con-
[tra a chuva,
tenta fazê-la enterna - com se lhe faltasse
outra, imortal sintaxe
à vida que é perfeita
língua
eterna.
PRIMEIRO POEMA
Por que vos espantais se eu venho sobre as ondas?
Trago a paz e as distâncias vêm comigo
na boca tenho mundos e nos olhos palavras.
Ouvi-me.
Todas as coisas são palavras minhas:
a mais pura das nuvens
a mais pura que veio de longe e não se dissolveu
as colunas incolores além se levantando
quebradas luminosas líquidas colunas colunas
os cavalos que se empinam sobre a espuma
e o calmo silêncio povoando o mar.
Minhas palavras.
Antigas porém há pouco descobertas.
Lentas como o escurecer das nuvens refletidas
como o tremular tranqüilo da vaga adolescente.
Materiais límpidas palpáveis
frias e mornas coloridas de ondas e descendentes pássaros.
Resumidas numa única
impronunciável Palavra.
Mas eu não sou o Senhor
embora venham comigo a Música e o Poema.
Por que vos ajoelhais se eu vim por sobre as ondas
e só tenho palavras?
Ouvi a minha voz de anjo que acordou:
Sou Poeta.
CARPE DIEM
Que faço deste dia, que me adora?
Pegá-lo pela cauda, antes da hora
Vermelha de furtar-se ao meu festim?
Ou colocá-lo em música, em palavra,
Ou gravá-lo na pedra, que o sol lavra?
Força é guardá-lo em mim, que um dia assim
Tremenda noite deixa se ela ao leito
Da noite precedente o leva, feito
Escravo dessa fêmea a quem fugira
Por mim, por minha voz e minha lira.
(Mas já se sombras vejo que se cobre
Tão surdo ao sonho de ficar – tão nobre.
Já nele a luz da lua – a morte – mora,
De traição foi feito: vai-se embora.)
SOLILÓQUIO
_ Tudo o que importa é ser maravilhoso.
A maravilha: o gesto da inocência.
E do aceno o milagre a renascença
de deslumbrados olhos infantil espaço
e primavera _ o homem volta ao homem;
o inefável gera enfim o mal sublime
no coração deserto; e da terra doença
a rosa azul desponta e levanto-me rei.
_ Eu mesmo sou o encantador do mundo!
Seres e estrelas brotam de meus lábios...
e morro deste belo sofrimento
de ser maravilhoso!
_ Ah, quem pudesse
gritar à noite e ao tempo essas palavras
e partir pelo vento semeando versos
e terminando a criação da terra...
FAUSTINO, Mário. O homem e sua hora. E outros poemas. São Paulo: Cia das Letras, 2009. p.200.
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POEMA ÀS PALAVRAS
. Há sempre uma palavra dentro da palavra
um gesto por exemplo
ou o zumbir dum insecto a
levantar o vento morto
Traz uma mensagem fugidia uma essência
que luz ao ritmo do tumulto da claridade
só perceptível pelos reflexos da própria luz
transparente interior das coisas
A sua transcendência identifica o fogo
o perfil exterior e seus artifícios intemporais
E apenas se lê em sinais indicativos
de virtuosos alquimistas procurando o oiro
na flecha no círculo dum arco íris caindo
magnânimo sobre o cinzento da terra.
Vieira Calado
http://vieiracalado-poesia.blogspot.com/2007/04/h-sempre-uma-palavra-dentro-da-palavra.html
A PALAVRA
a palavra em ângulo agudo
risco no ar
adaga
a descer sobre o homem
ferida à flor dos olhos.
voz letra
música
a palavra inevitável
II
a palavra a dizer(-se)
de algum lugar
ave a subir nas minhas mãos
a voar delas.
Silvia Chueire
. Há sempre uma palavra dentro da palavra
um gesto por exemplo
ou o zumbir dum insecto a
levantar o vento morto
Traz uma mensagem fugidia uma essência
que luz ao ritmo do tumulto da claridade
só perceptível pelos reflexos da própria luz
transparente interior das coisas
A sua transcendência identifica o fogo
o perfil exterior e seus artifícios intemporais
E apenas se lê em sinais indicativos
de virtuosos alquimistas procurando o oiro
na flecha no círculo dum arco íris caindo
magnânimo sobre o cinzento da terra.
Vieira Calado
http://vieiracalado-poesia.blogspot.com/2007/04/h-sempre-uma-palavra-dentro-da-palavra.html
A PALAVRA
a palavra em ângulo agudo
risco no ar
adaga
a descer sobre o homem
ferida à flor dos olhos.
voz letra
música
a palavra inevitável
II
a palavra a dizer(-se)
de algum lugar
ave a subir nas minhas mãos
a voar delas.
Silvia Chueire
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Palavras de Sophia de Mello-Breyner
Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!
Sophia de Mello-Breyner
Poesia
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem.
No interior das coisas canto nua.
Aqui livre sou eu — eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos
Aqui sou eu em tudo quanto amei.
Não pelo meu ser que só atravessei,
Não pelo meu rumor que só perdi,
Não pelos incertos atos que vivi,
Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
Os Poetas
Solitários pilares dos céus pesados,
Poetas nus em sangue, ó destroçados
Anunciadores do mundo
Que a presença das coisas devastou.
Gesto de forma em forma vagabundo
Que nunca num destino se acalmou.
Sophia de Mello Breyner Andresen
in Dia do Mar, 1947
No Poema
Transferir o quadro o muro a brisa
A flor o copo o brilho da madeira
E a fria e virgem limpidez da água
Para o mundo do poema limpo e rigoroso
Preservar de decadência morte e ruína
O instante real de aparição e de surpresa
Guardar num mundo claro
O gesto claro da mão tocando a mesa.
Sophia de Mello Breyner Andresen
in Livro Sexto, 1962
Arte Poética
A dicção não implica estar alegre ou triste
Mas dar minha voz à veemência das coisas
E fazer do mundo exterior substância da minha mente
Como quem devora o coração do leão
Olha fita escuta
Atenta para a caçada no quarto penumbroso
Sophia de Mello Breyner Andresen
in O Búzio de Cós, 1997
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!
Sophia de Mello-Breyner
Poesia
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem.
No interior das coisas canto nua.
Aqui livre sou eu — eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos
Aqui sou eu em tudo quanto amei.
Não pelo meu ser que só atravessei,
Não pelo meu rumor que só perdi,
Não pelos incertos atos que vivi,
Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
Os Poetas
Solitários pilares dos céus pesados,
Poetas nus em sangue, ó destroçados
Anunciadores do mundo
Que a presença das coisas devastou.
Gesto de forma em forma vagabundo
Que nunca num destino se acalmou.
Sophia de Mello Breyner Andresen
in Dia do Mar, 1947
No Poema
Transferir o quadro o muro a brisa
A flor o copo o brilho da madeira
E a fria e virgem limpidez da água
Para o mundo do poema limpo e rigoroso
Preservar de decadência morte e ruína
O instante real de aparição e de surpresa
Guardar num mundo claro
O gesto claro da mão tocando a mesa.
Sophia de Mello Breyner Andresen
in Livro Sexto, 1962
Arte Poética
A dicção não implica estar alegre ou triste
Mas dar minha voz à veemência das coisas
E fazer do mundo exterior substância da minha mente
Como quem devora o coração do leão
Olha fita escuta
Atenta para a caçada no quarto penumbroso
Sophia de Mello Breyner Andresen
in O Búzio de Cós, 1997
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Palavras de Hilda Hilst
PÁSSARO-POESIA
Hilda Hilst
Carrega-me contigo, Pássaro-Poesia
Quando cruzares o Amanhã, a luz, o impossível
Porque de barro e palha tem sido esta viagem
Que faço a sós comigo. Isenta de traçado
Ou de complicada geografia, sem nenhuma bagagem
Hei de levar apenas a vertigem e a fé:
Para teu corpo de luz, dois fardos breves.
Deixarei palavras e cantigas. E movediças
Embaçadas vias de Ilusão.
Não cantei cotidianos. Só te cantei a ti
Pássaro-Poesia
E a paisagem limite: o fosso, o extremo
A convulsão do Homem.
Carrega-me contigo.
No Amanhã.
..................................................
DE ARIANA PARA DIONÍSIO.
Hilda Hilst
I
É bom que seja assim, Dionisio, que não venhas.
Voz e vento apenas
Das coisas do lá fora
E sozinha supor
Que se estivesses dentro
Essa voz importante e esse vento
Das ramagens de fora
Eu jamais ouviria. Atento
Meu ouvido escutaria
O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio.
Porque é melhor sonhar tua rudeza
E sorver reconquista a cada noite
Pensando: amanhã sim, virá.
E o tempo de amanhã será riqueza:
A cada noite, eu Ariana, preparando
Aroma e corpo. E o verso a cada noite
Se fazendo de tua sábia ausência.
II
Porque tu sabes que é de poesia
Minha vida secreta. Tu sabes, Dionísio,
Que a teu lado te amando,
Antes de ser mulher sou inteira poeta.
E que o teu corpo existe porque o meu
Sempre existiu cantando. Meu corpo, Dionísio,
É que move o grande corpo teu
Ainda que tu me vejas extrema e suplicante
Quando amanhece e me dizes adeus.
III
A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
À uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta
Por que recusas amor e permanência?
IV
Porque te amo
Deverias ao menos te deter
Um instante
Como as pessoas fazem
Quando vêem a petúnia
Ou a chuva de granizo.
Porque te amo
Deveria a teus olhos parecer
Uma outra Ariana
Não essa que te louva
A cada verso
Mas outra
Reverso de sua própria placidez
Escudo e crueldade a cada gesto.
Porque te amo, Dionísio,
é que me faço assim tão simultânea
Madura, adolescente
E porisso talvez
Te aborreças de mim. (…)
…………………………………………………….
Dez chamamentos ao amigo
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
(I)
[Poesia: 1959-1979 - São Paulo: Quíron; (Brasília): INL, 1980.]
Hilda Hilst
Carrega-me contigo, Pássaro-Poesia
Quando cruzares o Amanhã, a luz, o impossível
Porque de barro e palha tem sido esta viagem
Que faço a sós comigo. Isenta de traçado
Ou de complicada geografia, sem nenhuma bagagem
Hei de levar apenas a vertigem e a fé:
Para teu corpo de luz, dois fardos breves.
Deixarei palavras e cantigas. E movediças
Embaçadas vias de Ilusão.
Não cantei cotidianos. Só te cantei a ti
Pássaro-Poesia
E a paisagem limite: o fosso, o extremo
A convulsão do Homem.
Carrega-me contigo.
No Amanhã.
..................................................
DE ARIANA PARA DIONÍSIO.
Hilda Hilst
I
É bom que seja assim, Dionisio, que não venhas.
Voz e vento apenas
Das coisas do lá fora
E sozinha supor
Que se estivesses dentro
Essa voz importante e esse vento
Das ramagens de fora
Eu jamais ouviria. Atento
Meu ouvido escutaria
O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio.
Porque é melhor sonhar tua rudeza
E sorver reconquista a cada noite
Pensando: amanhã sim, virá.
E o tempo de amanhã será riqueza:
A cada noite, eu Ariana, preparando
Aroma e corpo. E o verso a cada noite
Se fazendo de tua sábia ausência.
II
Porque tu sabes que é de poesia
Minha vida secreta. Tu sabes, Dionísio,
Que a teu lado te amando,
Antes de ser mulher sou inteira poeta.
E que o teu corpo existe porque o meu
Sempre existiu cantando. Meu corpo, Dionísio,
É que move o grande corpo teu
Ainda que tu me vejas extrema e suplicante
Quando amanhece e me dizes adeus.
III
A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
À uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta
Por que recusas amor e permanência?
IV
Porque te amo
Deverias ao menos te deter
Um instante
Como as pessoas fazem
Quando vêem a petúnia
Ou a chuva de granizo.
Porque te amo
Deveria a teus olhos parecer
Uma outra Ariana
Não essa que te louva
A cada verso
Mas outra
Reverso de sua própria placidez
Escudo e crueldade a cada gesto.
Porque te amo, Dionísio,
é que me faço assim tão simultânea
Madura, adolescente
E porisso talvez
Te aborreças de mim. (…)
…………………………………………………….
Dez chamamentos ao amigo
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
(I)
[Poesia: 1959-1979 - São Paulo: Quíron; (Brasília): INL, 1980.]
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Palavras de Gildes Bezerra
BATEIA
Façamos a experiência,
Tentados pela ciência
De garimpar a palavra.
Compensa a inexperiência
Quem sabe, pela insistência,
Que ganha o ouro que lavra.
SIGNIFICANTES E SIGNIFICADOS II
Enquanto
As cabeças se inclinam sobre os livros,
Como reverência ao saber,
Os corações,
Interligados pela sensibilidade,
Declinam os momentos de afeto
Entre palavras de convivência.
As vidas plenas
Transbordam a fertilidade da Razão
Sobre as páginas de jovens amanhãs.
Representam o signo
Da palavra Luta
Para viver a linguagem
Do vocábulo Paz.
DIÁRIO XXXVI
Leia
As palavras
Que falo.
DIÁRIO XLI
Ouça
As palavras
Que escrevo.
DIÁRIO LXVII
Não há o indizível
Para a sensibilidade.
DIÁRIO LXXIV
Os ouvidos ouvem as palavras faladas;
Os olhos lêem as palavras escritas.
E o coração
Ouve as palavras caladas
E lê as palavras não ditas.
Façamos a experiência,
Tentados pela ciência
De garimpar a palavra.
Compensa a inexperiência
Quem sabe, pela insistência,
Que ganha o ouro que lavra.
SIGNIFICANTES E SIGNIFICADOS II
Enquanto
As cabeças se inclinam sobre os livros,
Como reverência ao saber,
Os corações,
Interligados pela sensibilidade,
Declinam os momentos de afeto
Entre palavras de convivência.
As vidas plenas
Transbordam a fertilidade da Razão
Sobre as páginas de jovens amanhãs.
Representam o signo
Da palavra Luta
Para viver a linguagem
Do vocábulo Paz.
DIÁRIO XXXVI
Leia
As palavras
Que falo.
DIÁRIO XLI
Ouça
As palavras
Que escrevo.
DIÁRIO LXVII
Não há o indizível
Para a sensibilidade.
DIÁRIO LXXIV
Os ouvidos ouvem as palavras faladas;
Os olhos lêem as palavras escritas.
E o coração
Ouve as palavras caladas
E lê as palavras não ditas.
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sábado, 28 de agosto de 2010
ARTE POÉTICA - Jorge Luis Borges
ARTE POÉTICA
Tradução de Rolando Roque da Silva
Mirar o rio, que é de tempo e água,
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que passam os rostos como a água.
E sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar, sentir que a morte,
Que a nossa carne teme, é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.
E ver no dia ou ver no ano um símbolo
Desses dias do homem, de seus anos,
E converter o ultraje desses anos
Em uma música, um rumor e um símbolo.
E ver na morte o sonho, e ver no ocaso
Um triste ouro, e assim é a poesia,
Que é imortal e pobre. A poesia
Retorna como a aurora e o ocaso.
Às vezes, pelas tardes, uma face
Nos observa do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria face.
Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao avistar sua Ítaca
Humilde e verde. A arte é essa Ítaca
De um eterno verdor, não de prodígios.
Também é como o rio interminável
Que passa e fica e que é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.
ARTE POÉTICA
Mirar el río hecho de tiempo y agua
y recordar que el tiempo es otro río,
saber que nos perdemos como el río
y que los rostros pasan como el agua.
Sentir que la vigilia es otro sueño
que sueña no soñar y que la muerte
que teme nuestra carne es esa muerte
de cada noche, que se llama sueño.
Ver en el día o en el año un símbolo
de los días del hombre y de sus años,
convertir el ultraje de los años
en una música, un rumor y un símbolo,
ver en la muerte el sueño, en el ocaso
un triste oro, tal es la poesía
que es inmortal y pobre. La poesía
vuelve como la aurora y el ocaso.
A veces en las tardes una cara
nos mira desde el fondo de un espejo;
el arte debe ser como ese espejo
que nos revela nuestra propia cara.
Cuentan que Ulises, harto de prodigios,
lloró de amor al divisar su Itaca
verde y humilde. El arte es esa Itaca
de verde eternidad, no de prodigios.
También es como el río interminable
que pasa y queda y es cristal de un mismo
Heráclito inconstante, que es el mismo
y es otro, como el río interminable.
De El Hacedor (1960)
Tradução de Rolando Roque da Silva
Mirar o rio, que é de tempo e água,
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que passam os rostos como a água.
E sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar, sentir que a morte,
Que a nossa carne teme, é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.
E ver no dia ou ver no ano um símbolo
Desses dias do homem, de seus anos,
E converter o ultraje desses anos
Em uma música, um rumor e um símbolo.
E ver na morte o sonho, e ver no ocaso
Um triste ouro, e assim é a poesia,
Que é imortal e pobre. A poesia
Retorna como a aurora e o ocaso.
Às vezes, pelas tardes, uma face
Nos observa do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria face.
Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao avistar sua Ítaca
Humilde e verde. A arte é essa Ítaca
De um eterno verdor, não de prodígios.
Também é como o rio interminável
Que passa e fica e que é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.
ARTE POÉTICA
Mirar el río hecho de tiempo y agua
y recordar que el tiempo es otro río,
saber que nos perdemos como el río
y que los rostros pasan como el agua.
Sentir que la vigilia es otro sueño
que sueña no soñar y que la muerte
que teme nuestra carne es esa muerte
de cada noche, que se llama sueño.
Ver en el día o en el año un símbolo
de los días del hombre y de sus años,
convertir el ultraje de los años
en una música, un rumor y un símbolo,
ver en la muerte el sueño, en el ocaso
un triste oro, tal es la poesía
que es inmortal y pobre. La poesía
vuelve como la aurora y el ocaso.
A veces en las tardes una cara
nos mira desde el fondo de un espejo;
el arte debe ser como ese espejo
que nos revela nuestra propia cara.
Cuentan que Ulises, harto de prodigios,
lloró de amor al divisar su Itaca
verde y humilde. El arte es esa Itaca
de verde eternidad, no de prodigios.
También es como el río interminable
que pasa y queda y es cristal de un mismo
Heráclito inconstante, que es el mismo
y es otro, como el río interminable.
De El Hacedor (1960)
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Palavras de Luiz Antônio de Figueiredo
Ninguém pode contar
a história da poesia
só quem tiver memória
da primeira palavra,
que foi sonho, magia,
emoção. A palavra
que se perdeu no tempo
anterior ao conceito,
agora reverbera
como sonho desfeito
em todas as palavras:
rosa, fogo, papel
onde a poesia se escreve,
água, a boca dos mortos
falando a vida breve,
um livro que esquecemos
de abrir, algum momento
de amantes (sem palavra)
quando vem a ilusão
de suspender o tempo,
poesia indo à procura
desse tempo perdido,
se desfazendo em música
de palavras, miragem
do primeiro sentido.
Poemas do Tempo-Luiz Antonio de Figueiredo
A noite se reparte em mais de mil
e uma noites. Cada sono
um sonho diferente,
a noite de quem fica,
a noite de quem parte,
a insônia do doente.
Não se reparte o amor,
o canto,
a amizade,
a morte.
Um de cada vez,
ofertam-se inteiros
a cada um.
Poemas do Tempo-Luiz Antonio de Figueiredo
Pousa, felicidade,
como a luz da manhã,
de leve, sem alarde.
Amanhã será tarde.
Agora, viva a breve
delicadeza
dessa fugacidade.
Poemas do Tempo
Luiz Antonio de Figueiredo
a história da poesia
só quem tiver memória
da primeira palavra,
que foi sonho, magia,
emoção. A palavra
que se perdeu no tempo
anterior ao conceito,
agora reverbera
como sonho desfeito
em todas as palavras:
rosa, fogo, papel
onde a poesia se escreve,
água, a boca dos mortos
falando a vida breve,
um livro que esquecemos
de abrir, algum momento
de amantes (sem palavra)
quando vem a ilusão
de suspender o tempo,
poesia indo à procura
desse tempo perdido,
se desfazendo em música
de palavras, miragem
do primeiro sentido.
Poemas do Tempo-Luiz Antonio de Figueiredo
A noite se reparte em mais de mil
e uma noites. Cada sono
um sonho diferente,
a noite de quem fica,
a noite de quem parte,
a insônia do doente.
Não se reparte o amor,
o canto,
a amizade,
a morte.
Um de cada vez,
ofertam-se inteiros
a cada um.
Poemas do Tempo-Luiz Antonio de Figueiredo
Pousa, felicidade,
como a luz da manhã,
de leve, sem alarde.
Amanhã será tarde.
Agora, viva a breve
delicadeza
dessa fugacidade.
Poemas do Tempo
Luiz Antonio de Figueiredo
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quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Palavras de Emilio Moura
Libertação
Sou um poeta quase místico:
A vida é bela quando é um êxtase.
Ah! não ter um pensamento, um só pensamento no cérebro,
não vigiar a vida, a vida inquieta, a vida múltipla da sensibilidade,
mas vivê-la, de olhos cerrados, num silêncio cheio de ritmos;
não ouvir as palavras frias que mudam o destino,
ou que o fazem semelhante a um autômato;
e saber a toda hora,
saber sempre
que a vida é bela quando é um êxtase.
Canção
Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.
Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
Três caminhos
Percorri tantos caminhos,
tantos caminhos andei.
O primeiro era de nácar,
de rosa pura o segundo.
O terceiro era de nuvem,
no terceiro te encontrei.
O primeiro já trazia
teu nome brilhando no ar.
Não era nome de terra:
cantava coisas do mar.
Logo senti que o segundo
já era estrada de encantar.
Mas o terceiro, o terceiro
quantas voltas não foi dar!
Deixou meu corpo na terra,
meu coração no alto-mar.
Virou vento, virou bruma,
perdeu-se, rápido, no ar.
A fábrica do poeta
Fabrico uma esperança
como quem apaga
algo sujo num muro,
e ali, rápido, escreve:
Futuro.
Fabrico uma pureza
tão menina,
tão cristal e tão fonte
que, de repente,
É meu todo o horizonte.
Fabrico uma alegria
que é de ver as coisas
como se só agora
é que nascesse,
A aurora.
Fabrico uma certeza
exata
para cada instante.
A vida não está atrás,
Mas adiante.
Fabrico com o que tiro
de mim mesmo e do mundo
meu dia.
E ao que, em síntese, sou
Junto o que queria.
Fabrico uma hora densa,
como quem descobre.
Ah, quem diria
Que essa hora imensa
Já é poesia?
Emílio Moura
Ode ao primeiro poeta
-Comme lê monde était jeune,
et que la mort était loin!
Georges Chennevière
Quando os homens desceram, um dia, dos montes e se detiveram, trêmulos, diante da planície imensa,
eu te vi erguendo a tua voz forte, límpida e viva.
Eras jovem e tinhas a alegria de quem está descobrindo o mundo.
Foi a tua palavra que modelou a primeira paisagem, deu ritmo aos ventos e [imaginou a beleza ingênua dos primeiros e únicos símbolos . [que se perpetuaram.
Eras criatura e criador.
Estavas no gesto maravilhado que armava as primeiras tendas e na mão
[ indecisa que traçava o desenho mágico dos caminhos
[que se improvisavam;
na imagem da vida em que se embebeu o primeiro surto livre do espírito;
estavas em ti mesmo e fora de ti,
quando os homens desceram, um dia, dos montes e se detiveram trêmulos,
diante da planície imensa...
Sou um poeta quase místico:
A vida é bela quando é um êxtase.
Ah! não ter um pensamento, um só pensamento no cérebro,
não vigiar a vida, a vida inquieta, a vida múltipla da sensibilidade,
mas vivê-la, de olhos cerrados, num silêncio cheio de ritmos;
não ouvir as palavras frias que mudam o destino,
ou que o fazem semelhante a um autômato;
e saber a toda hora,
saber sempre
que a vida é bela quando é um êxtase.
Canção
Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.
Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
Três caminhos
Percorri tantos caminhos,
tantos caminhos andei.
O primeiro era de nácar,
de rosa pura o segundo.
O terceiro era de nuvem,
no terceiro te encontrei.
O primeiro já trazia
teu nome brilhando no ar.
Não era nome de terra:
cantava coisas do mar.
Logo senti que o segundo
já era estrada de encantar.
Mas o terceiro, o terceiro
quantas voltas não foi dar!
Deixou meu corpo na terra,
meu coração no alto-mar.
Virou vento, virou bruma,
perdeu-se, rápido, no ar.
A fábrica do poeta
Fabrico uma esperança
como quem apaga
algo sujo num muro,
e ali, rápido, escreve:
Futuro.
Fabrico uma pureza
tão menina,
tão cristal e tão fonte
que, de repente,
É meu todo o horizonte.
Fabrico uma alegria
que é de ver as coisas
como se só agora
é que nascesse,
A aurora.
Fabrico uma certeza
exata
para cada instante.
A vida não está atrás,
Mas adiante.
Fabrico com o que tiro
de mim mesmo e do mundo
meu dia.
E ao que, em síntese, sou
Junto o que queria.
Fabrico uma hora densa,
como quem descobre.
Ah, quem diria
Que essa hora imensa
Já é poesia?
Emílio Moura
Ode ao primeiro poeta
-Comme lê monde était jeune,
et que la mort était loin!
Georges Chennevière
Quando os homens desceram, um dia, dos montes e se detiveram, trêmulos, diante da planície imensa,
eu te vi erguendo a tua voz forte, límpida e viva.
Eras jovem e tinhas a alegria de quem está descobrindo o mundo.
Foi a tua palavra que modelou a primeira paisagem, deu ritmo aos ventos e [imaginou a beleza ingênua dos primeiros e únicos símbolos . [que se perpetuaram.
Eras criatura e criador.
Estavas no gesto maravilhado que armava as primeiras tendas e na mão
[ indecisa que traçava o desenho mágico dos caminhos
[que se improvisavam;
na imagem da vida em que se embebeu o primeiro surto livre do espírito;
estavas em ti mesmo e fora de ti,
quando os homens desceram, um dia, dos montes e se detiveram trêmulos,
diante da planície imensa...
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Palavras...
A palavra é o meu domínio sobre o mundo
Clarice Lispector
Onde eu não estou, as palavras me acham.
Manoel de Barros
Palavras são um brinquedo que não fica velho. Quanto mais as crianças usam palavras, mais elas se renovam.
José Paulo Paes
Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.
Jorge Luis Borges
A Palavra
Já não quero dicionários
consultados em vão.
Quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivêssemos
todos em comunhão,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade, in 'A Paixão Medida'
"O poema é feito de palavras necessárias e insubstituíveis." (Octavio Paz)
Clarice Lispector
Onde eu não estou, as palavras me acham.
Manoel de Barros
Palavras são um brinquedo que não fica velho. Quanto mais as crianças usam palavras, mais elas se renovam.
José Paulo Paes
Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.
Jorge Luis Borges
A Palavra
Já não quero dicionários
consultados em vão.
Quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivêssemos
todos em comunhão,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade, in 'A Paixão Medida'
"O poema é feito de palavras necessárias e insubstituíveis." (Octavio Paz)
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Palavras de Murilo Mendes
É muito difícil esconder o amor
A poesia sopra onde quer.
Reflexão n°.1
Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
Nem ama duas vezes a mesma mulher.
Deus de onde tudo deriva
E a circulação e o movimento infinito.
Ainda não estamos habituados com o mundo
Nascer é muito comprido.
O utopista
Ele acredita que o chão é duro
Que todos os homens estão presos
Que há limites para a poesia
Que não há sorrisos nas crianças
Nem amor nas mulheres
Que só de pão vive o homem
Que não há um outro mundo.
Exergo
Lacerado pelas palavras-bacantes
Visíveis tácteis audíveis
Orfeu
Impede mesmo assim sua diáspora
Mantendo-lhes o nervo & a ságoma.
Orfeu Orftu Orfele
Orfnós Orfvós Orfeles
In: Convergência. São Paulo, Duas Cidades, 1970.
A palavra nasce-me
fere-me
mata-me
coisa-me
ressuscita-me.
A poesia sopra onde quer.
Reflexão n°.1
Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
Nem ama duas vezes a mesma mulher.
Deus de onde tudo deriva
E a circulação e o movimento infinito.
Ainda não estamos habituados com o mundo
Nascer é muito comprido.
O utopista
Ele acredita que o chão é duro
Que todos os homens estão presos
Que há limites para a poesia
Que não há sorrisos nas crianças
Nem amor nas mulheres
Que só de pão vive o homem
Que não há um outro mundo.
Exergo
Lacerado pelas palavras-bacantes
Visíveis tácteis audíveis
Orfeu
Impede mesmo assim sua diáspora
Mantendo-lhes o nervo & a ságoma.
Orfeu Orftu Orfele
Orfnós Orfvós Orfeles
In: Convergência. São Paulo, Duas Cidades, 1970.
A palavra nasce-me
fere-me
mata-me
coisa-me
ressuscita-me.
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terça-feira, 24 de agosto de 2010
Palavras de Moacir Amâncio
Moacir Amâncio
[Ata]
E, como se tivesses diante de ti uma palheta cósmica,
organizarás o teu mundo de espectros e de filtros,
biblicamente instaurando o mito da criação no caos cotidiano.
Assim, o domingo já não será um impreciso dia
mas o branco em que inicias a semana.
O branco, senhora, a solicitude em pessoa.
A segunda-feira vacilará entre o amarelo e tons pastéis
dessa ordem inaugural.
Sem bruscas rotações, portanto, da dúvida ao egoísmo.
A terça-feira se tingirá de vermelho ou de laranja
conforme o grau de umidade dos teus labirintos.
A quarta mergulhará em marinho e preto
de onde emergirás um tanto confusa. Desgraça pouca é bobagem.
Na quinta viajarás repentina do rosa ao verde-
o desequilíbrio natural te faz bem e rir é sempre muito bom.
A sexta-feira, esta guardará o azul de sempre,
obrigando-te a dizer azul quando ias dizer surpresa.
Sábado, cansada de tantas cores,
descansarás na soma delas todas e te vestirás de sol.
* * *
MITOLÓGICO
ao tentar dizer
desdigo o não dito
na ausência de pernas
cavalgo
existo centauro
nem raro nem mito.
***
como o raio
abre rios no céu
lavras um campo avaro
o papel com sua escrita
colheita de relâmpagos.
***
[Ata]
E, como se tivesses diante de ti uma palheta cósmica,
organizarás o teu mundo de espectros e de filtros,
biblicamente instaurando o mito da criação no caos cotidiano.
Assim, o domingo já não será um impreciso dia
mas o branco em que inicias a semana.
O branco, senhora, a solicitude em pessoa.
A segunda-feira vacilará entre o amarelo e tons pastéis
dessa ordem inaugural.
Sem bruscas rotações, portanto, da dúvida ao egoísmo.
A terça-feira se tingirá de vermelho ou de laranja
conforme o grau de umidade dos teus labirintos.
A quarta mergulhará em marinho e preto
de onde emergirás um tanto confusa. Desgraça pouca é bobagem.
Na quinta viajarás repentina do rosa ao verde-
o desequilíbrio natural te faz bem e rir é sempre muito bom.
A sexta-feira, esta guardará o azul de sempre,
obrigando-te a dizer azul quando ias dizer surpresa.
Sábado, cansada de tantas cores,
descansarás na soma delas todas e te vestirás de sol.
* * *
MITOLÓGICO
ao tentar dizer
desdigo o não dito
na ausência de pernas
cavalgo
existo centauro
nem raro nem mito.
***
como o raio
abre rios no céu
lavras um campo avaro
o papel com sua escrita
colheita de relâmpagos.
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Das palavras aéreas - Cecília Meireles
Das palavras aéreas - Cecília Meireles
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
sois de vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e se transforma!
Sois de vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova!
Ai, palavras, ai palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! com letras se elabora...
e dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...
Detrás de grossas paredes,
de leve, quem vos desfolha?
Pareceis de tênue seda,
sem peso de ação, nem de hora...
- e estais no bico das penas,
- e estais na tinta que as molha,
- e estais nas mãos dos juízes,
- e sois o ferro que se arrocha,
- e sois o barco para o exílio,
- e sois Moçambique e Angola!
Ai, palavras, ai palavras,
leis pela estrada afora,
erguendo asas muito incertas,
entre verdade e galhofa,
desejos do tempo inquieto,
promessas que o mundo sopra...
Ai, palavras, ai, palavras,
mirai-vos: que sois agora?
-Acusações, sentinelas,
bacamarte, algemas, escolta;
- o olho ardente da perfídia,
a velar na noite morta;
- a umidade dos presídios,
- a solidão pavorosa;
- o duro ferro de perguntas,
com sangue em cada resposta;
- e a sentença que caminha,
- e a esperança que não volta,
- e o coração que vacila,
- e o castigo que galopa...
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Perdão podíeis ter sido!
- sois madeira que se corta,
- sois vinte degraus de escada,
- sois um pedaço de corda...
- Sois povo pelas janelas,
cortejo, bandeira, tropa...
Ai, palavras, ai palavras,
que estranha potência, a vossa!
Éreis um sopro na aragem...
- sois um homem que se enforca!
[Do Romanceiro da Inconfidência; Flor de Poemas, ed. Nova Fronteira]
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
sois de vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e se transforma!
Sois de vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova!
Ai, palavras, ai palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! com letras se elabora...
e dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...
Detrás de grossas paredes,
de leve, quem vos desfolha?
Pareceis de tênue seda,
sem peso de ação, nem de hora...
- e estais no bico das penas,
- e estais na tinta que as molha,
- e estais nas mãos dos juízes,
- e sois o ferro que se arrocha,
- e sois o barco para o exílio,
- e sois Moçambique e Angola!
Ai, palavras, ai palavras,
leis pela estrada afora,
erguendo asas muito incertas,
entre verdade e galhofa,
desejos do tempo inquieto,
promessas que o mundo sopra...
Ai, palavras, ai, palavras,
mirai-vos: que sois agora?
-Acusações, sentinelas,
bacamarte, algemas, escolta;
- o olho ardente da perfídia,
a velar na noite morta;
- a umidade dos presídios,
- a solidão pavorosa;
- o duro ferro de perguntas,
com sangue em cada resposta;
- e a sentença que caminha,
- e a esperança que não volta,
- e o coração que vacila,
- e o castigo que galopa...
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Perdão podíeis ter sido!
- sois madeira que se corta,
- sois vinte degraus de escada,
- sois um pedaço de corda...
- Sois povo pelas janelas,
cortejo, bandeira, tropa...
Ai, palavras, ai palavras,
que estranha potência, a vossa!
Éreis um sopro na aragem...
- sois um homem que se enforca!
[Do Romanceiro da Inconfidência; Flor de Poemas, ed. Nova Fronteira]
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segunda-feira, 23 de agosto de 2010
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domingo, 22 de agosto de 2010
Octavio Paz
"A palavra é a amante e o amigo do poeta, seu pai e sua mãe, seu deus e seu diabo, seu martelo e sua almofada. Também é seu inimigo: seu espelho".
Octavio Paz
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Vida
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Por mais que se explique
Com subtis palavras
A vida: um mistério.
Antônio Lázaro de Almeida Prado
Por mais que se explique
Com subtis palavras
A vida: um mistério.
Antônio Lázaro de Almeida Prado
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sábado, 21 de agosto de 2010
DESTINO DO POETA
DESTINO DO POETA
Palavras? Sim. De ar
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro erramundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.
Também a luz em si mesma se perde.
(Trad. Haroldo de Campos)
Octavio Paz
Palavras? Sim. De ar
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro erramundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.
Também a luz em si mesma se perde.
(Trad. Haroldo de Campos)
Octavio Paz
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A Palavra Mágica
A Palavra Mágica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Discurso da Primavera'
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Discurso da Primavera'
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Catar feijão
Catar feijão
1.
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
João Cabral de Melo Neto
1.
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
João Cabral de Melo Neto
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As palavras - Eugénio de Andrade
As palavras
Eugénio de Andrade
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Programa do Festival
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terça-feira, 17 de agosto de 2010
Poema às Palavras
Poema às Palavras
Tem uns homens por aí
com medo das palavras.
Tem uns poetas por aí
segregacionistas.
Tem preconceitos contra
as palavras:
esta não serve - é mestiça,
esta também não - é muito comum,
é do povo, não é importante,
e aquela também - não tem educação
fala muito alto, é palavrão.
Tem poeta por aí cochichando
como gente muito fina
de salão,
falando entre-dentes
perpetrando futilidades
e maldades, como comadres.
Tem uns homens por ai
tratando as palavras pela cor
de sua pele:
não cruzam com as palavras, negras
amarelas, mulatas,
só fazem poemas brancos, poemas
puros, poemas arianos, poemas de raça.
Que se danem! Faço filhos
com todas as palavras
basta que elas se entreguem, e me amem
e saiam com o meu verso, à rua
para cantar.
( Poema de J G de Araujo Jorge in "O Poder da Flor" 1a ed.1969 )
Tem uns homens por aí
com medo das palavras.
Tem uns poetas por aí
segregacionistas.
Tem preconceitos contra
as palavras:
esta não serve - é mestiça,
esta também não - é muito comum,
é do povo, não é importante,
e aquela também - não tem educação
fala muito alto, é palavrão.
Tem poeta por aí cochichando
como gente muito fina
de salão,
falando entre-dentes
perpetrando futilidades
e maldades, como comadres.
Tem uns homens por ai
tratando as palavras pela cor
de sua pele:
não cruzam com as palavras, negras
amarelas, mulatas,
só fazem poemas brancos, poemas
puros, poemas arianos, poemas de raça.
Que se danem! Faço filhos
com todas as palavras
basta que elas se entreguem, e me amem
e saiam com o meu verso, à rua
para cantar.
( Poema de J G de Araujo Jorge in "O Poder da Flor" 1a ed.1969 )
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Escrever - Graciliano Ramos
"Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes.
Depois enxaguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."
Graciliano Ramos
Depois enxaguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."
Graciliano Ramos
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Festival da Palavra - parceria UNESP Assis e Poiesis
Festival da Palavra
UNESP Assis
dias 16 e 17 de setembro de 2010
Parceria UNESP Poiesis
Idealizadores:
Mario Sergio Vasconcelos - UNESP Assis
Frederico Barbosa - Poiesis
Fernanda M. Bueno de Almeida Prado - Poiesis
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Cartaz do Festival da Palavra
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domingo, 15 de agosto de 2010
Sobre a Escrita...
Clarice Lispector
Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som de minha máquina é macio.
Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.
Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por um extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras.
Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é porque a ouso? Não sei porque não ouso dizê-la? Sinto que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não pode e não deve ser pronunciada. Parece-me que todo o resto não é proibido. Mas acontece que eu quero é exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se eu encontrar essa palavra, só a direi em boca fechada, para mim mesma, senão corro o risco de virar alma perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho Testamento sabiam que existia uma fruta proibida. As palavras é que me impedem de dizer a verdade.
Simplesmente não há palavras.
O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Acho que o som da música é imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita são como a música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino animal, e mineral e vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes.
Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse e transmitisse tranqüilidade ou simplesmente a verdade mais profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o de um crepúsculo e pode ser uma aurora.
Simplesmente as palavras do homem.
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Entre o que vejo e o que digo...
Entre o que vejo e o que digo...
A Roman Jakobson
Traduzido por Anderson Braga Horta
Entre o que vejo e o que digo,
entre o que digo e o que calo,
entre o que calo e o que sonho,
entre o que sonho e o que esqueço,
a poesia.
Desliza
entre o sim e o não:
diz
o que calo,
cala
o que digo,
sonha
o que esqueço.
Não é um dizer:
é um fazer.
É um fazer
que é um dizer.
A poesia
se diz e se ouve:
é real.
E, apenas digo
é real,
se dissipa.
Será assim mais real?
2
Idéia palpável,
palavra
impalpável:
a poesia
vai e vem
entre o que é
e o que não é.
Tece reflexos
e os destece.
A poesia
semeia olhos na página,
semeia palavras nos olhos.
Os olhos falam,
as palavras olham,
os olhares pensam.
Ouvir
os pensamentos,
ver
o que dizemos,
tocar
o corpo da idéia.
Os olhos
se fecham,
as palavras se abrem´.
Octavio Paz
OCTAVIO PAZ (1914–1998) — Mexicano. Prêmio Nobel de Literatura em 1991. Importante ensaísta e conferencista (El Laberinto de la Soledad, El Arco y la Lira, El Mono Gramático, Los Hijos del Limo, Sor Juana Inés de la Cruz o las Trampas de la Fe). Alguns livros de poesia: Piedra de Sol, Salamandra, Blanco, Vuelta, Árbol Adentro.
A Roman Jakobson
Traduzido por Anderson Braga Horta
Entre o que vejo e o que digo,
entre o que digo e o que calo,
entre o que calo e o que sonho,
entre o que sonho e o que esqueço,
a poesia.
Desliza
entre o sim e o não:
diz
o que calo,
cala
o que digo,
sonha
o que esqueço.
Não é um dizer:
é um fazer.
É um fazer
que é um dizer.
A poesia
se diz e se ouve:
é real.
E, apenas digo
é real,
se dissipa.
Será assim mais real?
2
Idéia palpável,
palavra
impalpável:
a poesia
vai e vem
entre o que é
e o que não é.
Tece reflexos
e os destece.
A poesia
semeia olhos na página,
semeia palavras nos olhos.
Os olhos falam,
as palavras olham,
os olhares pensam.
Ouvir
os pensamentos,
ver
o que dizemos,
tocar
o corpo da idéia.
Os olhos
se fecham,
as palavras se abrem´.
Octavio Paz
OCTAVIO PAZ (1914–1998) — Mexicano. Prêmio Nobel de Literatura em 1991. Importante ensaísta e conferencista (El Laberinto de la Soledad, El Arco y la Lira, El Mono Gramático, Los Hijos del Limo, Sor Juana Inés de la Cruz o las Trampas de la Fe). Alguns livros de poesia: Piedra de Sol, Salamandra, Blanco, Vuelta, Árbol Adentro.
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sábado, 14 de agosto de 2010
A Palavra
A Palavra
Já não quero dicionários
consultados em vão.
Quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivêssemos
todos em comunhão,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade, in 'A Paixão Medida'
Já não quero dicionários
consultados em vão.
Quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivêssemos
todos em comunhão,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade, in 'A Paixão Medida'
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A Palavra
A Palavra
Eleva-se entre a espuma, verde e cristalina
e a alegria aviva-se em redonda ressonância.
O seu olhar é um sonho porque é um sopro indivisível
que reconhece e inventa a pluralidade delicada.
Ao longe e ao perto o horizonte treme entre os seus cílios.
Ela encanta-se. Adere, coincide com o ser mesmo
da coisa nomeada. O rosto da terra se renova.
Ela aflui em círculos desagregando, construindo.
Um ouvido desperta no ouvido, uma língua na língua.
Sobre si enrola o anel nupcial do universo.
O gérmen amadurece no seu corpo nascente.
Nas palavras que diz pulsa o desejo do mundo.
Move-se aqui e agora entre contornos vivos.
Ignora, esquece, sabe, vive ao nível do universo.
Na sua simplicidade terrestre há um ardor soberano.
António Ramos Rosa, in "Volante Verde"
Eleva-se entre a espuma, verde e cristalina
e a alegria aviva-se em redonda ressonância.
O seu olhar é um sonho porque é um sopro indivisível
que reconhece e inventa a pluralidade delicada.
Ao longe e ao perto o horizonte treme entre os seus cílios.
Ela encanta-se. Adere, coincide com o ser mesmo
da coisa nomeada. O rosto da terra se renova.
Ela aflui em círculos desagregando, construindo.
Um ouvido desperta no ouvido, uma língua na língua.
Sobre si enrola o anel nupcial do universo.
O gérmen amadurece no seu corpo nascente.
Nas palavras que diz pulsa o desejo do mundo.
Move-se aqui e agora entre contornos vivos.
Ignora, esquece, sabe, vive ao nível do universo.
Na sua simplicidade terrestre há um ardor soberano.
António Ramos Rosa, in "Volante Verde"
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Quanto Sinto, Penso
Quanto Sinto, Penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras são idéias.
Múrmuro, o rio passa, e o que não passa,
Que é nosso, não do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
-
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras são idéias.
Múrmuro, o rio passa, e o que não passa,
Que é nosso, não do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
-
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Com Fúria e Raiva
Com Fúria e Raiva
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"
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As palavras - Saramago
As palavras e o silêncio.
As palavras são boas. As palavras são más. As palavras ofendem. As palavras pedem desculpas. As palavras queimam. As palavras acariciam. As palavras são dadas, trocadas, oferecidas, vendidas e inventadas.
As palavras estão ausentes.
Algumas palavras sugam-nos, não nos largam...
As palavras aconselham, sugerem, insinuam, ordenam, impõem, segregam, eliminam. São melífluas ou azedas. O mundo gira sobre palavras lubrificadas com óleo de paciência. Os cérebros estão cheios de palavras que vivem em boa paz com as suas contrárias e inimigas. Por isso as pessoas fazem o contrário do que pensam, julgando pensar o que fazem. Há muitas palavras. E há os discursos, que são palavras encostadas umas às outras, em equilíbrio instável graças a uma precária sintaxe, até ao prego final do disse ou tenho dito. Com discursos se comemora, se inaugura, se abrem e fecham sessões, se lançam cortinas de fumo ou dispõem bambinelas de veludo. São brindes, orações, palestras e conferências.
Pelos discursos se transmitem louvores, agradecimentos, programas e fantasias.
E depois as palavras dos discursos aparecem deitadas em papéis, são pintadas de tinta de impressão - e por essa via entram na imortalidade do verbo. E as palavras escorrem tão fluidas como o "precioso líquido". Escorrem interminavelmente, alagam o chão, sobem aos joelhos, chegam à cintura, aos ombros, ao pescoço. É o dilúvio universal, um coro desafinado que jorra de milhões de bocas. A terra segue o seu caminho envolta num clamor de loucos, aos gritos, aos uivos, envoltos também num murmúrio manso, represo e conciliador... E tudo isso atordoa as estrelas e perturba as comunicações, como as tempestades solares. Porque as palavras deixaram de comunicar. Cada palavra é dita para que se não ouça outra palavra. A palavra, mesmo quando não afirma, afirma-se. A palavra não responde nem pergunta: amassa. A palavra é a erva fresca e verde que cobre os dentes do pântano. A palavra é poeira nos olhos e olhos furados. A palavra não mostra. A palavra disfarça. Daí que seja urgente moldar as palavras para que a sementeira se mude em Seara. Daí que as palavras sejam instrumento de morte - ou de salvação. Daí que a palavra só valha o que valer o silêncio do ato.
Há também o silêncio.
O silêncio, por definição, é o que não se ouve. O silêncio escuta, examina, observa, pesa e analisa. O silêncio é fecundo. O silêncio é a terra negra e fértil, o húmus do ser, a melodia calada sob a luz solar. Caem sobre ele as palavras. Todas as palavras. As palavras boas e as más. O trigo e o joio.
Mas só o trigo dá pão.
José Saramago
-
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Sobre a Palavra
-
Sobre a Palavra
Com a palavra dirige-se o homem à Divindade ou aos deuses. Pede-se, suplica-se, agradece-se!
Com a palavra abençoa-se, amaldiçoa-se, satiriza-se, pragueja-se!
Com a palavra dominam-se as forças ocultas ou assenhoreia-se delas!
Com a palavra curam-se doenças desfazem-se os malefícios e as pragas!
Com a palavra sagram-se as coisas e evitam-se as profanas!
Com a palavra respeitam-se, veneram-se, divinizam-se homens, cidades e coisas!
Com a palavra predizem-se os fatos vindouros!
Com a palavra perdem-se ou deparam-se as coisas!
Com a palavra tem-se o mundo nas mãos.
A magia da Palavra - R.F. Mansur Guérios
Sobre a Palavra
Com a palavra dirige-se o homem à Divindade ou aos deuses. Pede-se, suplica-se, agradece-se!
Com a palavra abençoa-se, amaldiçoa-se, satiriza-se, pragueja-se!
Com a palavra dominam-se as forças ocultas ou assenhoreia-se delas!
Com a palavra curam-se doenças desfazem-se os malefícios e as pragas!
Com a palavra sagram-se as coisas e evitam-se as profanas!
Com a palavra respeitam-se, veneram-se, divinizam-se homens, cidades e coisas!
Com a palavra predizem-se os fatos vindouros!
Com a palavra perdem-se ou deparam-se as coisas!
Com a palavra tem-se o mundo nas mãos.
A magia da Palavra - R.F. Mansur Guérios
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Kléber Albuquerque
O cenário da música popular brasileira conta com artistas de talento incontestável. Kléber Albuquerque é um deles, sendo compositor, instrumentista, intérprete. Criando o tempo todo com o que a vida oferece: amor, dor, alento, mansidão, conquistas, erradas, acertos, e tantos outros regalos e terrenos áridos que são oferecidos aos seres humanos.
Nascido em Santo André, São Paulo, começou sua jornada musical muito cedo, sendo frequentador do metiê rock’n roll, porém sem se abnegar do gosto por outras afluentes da música. Da música caipira aos roques, ele ouvia de tudo e se permitia influenciar. O que há de original em sua música e em sua poesia vem justamente dessa abertura que, desde sempre, faz parte da sua biografia.
Seu primeiro disco, “17.777.700”, foi lançado em 1997 e contou com a produção musical de Mário Manga. Desde então, ele lançou outros quatro discos: “Para a inveja dos Tristes” (2000), “O centro está em todas as partes” (2003), “Desvio” (2007), e o lançamento recente, pelo selo Sete Sóis, “Só o amor constrói” (2009).
“Barriga de fora”, do álbum “17.777.700”, foi a que ganhou maior notoriedade na época do lançamento do disco, chegando a ficar entre as mais-mais de uma importante emissora de rádio. Com “Xi, de Pirituba a Santo André”, oriunda de uma parceria com Rafael Altério, Kléber foi finalista do Festival da Música Brasileira promovido pela Rede Globo.
Kléber Albuquerque, no decorrer de sua carreira, participou de diversos projetos paralelos. Entre eles, o disco UmdoUmdoUm, o primeiro do milênio, gravado ao lado de Élio Camalle, Luiz Gayotto e Madan. No teatro, foi responsável pela trilha sonora e direção musical de espetáculos, sendo um deles premiado pela APCA e Femsa 2009.
Compositor que vem se destacando entre a leva dos contemporâneos, tem suas canções gravadas por Eliana Printes, Ceumar, Fábio Jr., Márcia Castro e Zeca Baleiro, entre outros. As parcerias também têm sido marcantes. Kléber já compôs canções com Zeca Baleiro, Chico César e Dante Ozzetti, e tem composições de sua autoria gravadas por Eliana Printes, Márcia Castro, Fábio Jr., Ceumar e Zeca Baleiro, entre outros.
Albuquerque lançou recentemente seu novo cd, "Só O Amor Constrói", em parceria com os músicos da Miniorkestra de Polkapunk e com participações especiais de Renato Brás, Fred Martins e André Sant'Anna.
http://www.youtube.com/tramelaweb
http://www.youtube.com/watch?v=iPfE0Ymqxno&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=pAQHXdPBbho&feature=more_related
http://www.youtube.com/watch?v=NzrZiXF74Ow&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=RELX-HUlVLw
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GRUPO VOZ
GRUPO VOZ
Grupo vocal e instrumental formado em 1999 pelos irmãos Rodrigo Londero (voz e violão) e Vinicius Londero (voz e percussão), Gustavo Dall’Acqua (voz e violão) e Douglas Dalla Costa (bateria).
O trabalho autoral, os arranjos originais e a empatia com o público são as principais marcas do VOZ, que vem apresentando suas composições pelo Brasil em shows e diversos Festivais de MPB.
O som essencialmente acústico, as harmonias vocais e as letras – poesias com temas contemporâneos e filosóficos como a busca pela essência, a mecanicidade da vida, a consciência e o amor – são elementos característicos do grupo. A base harmônica está concentrada nos violões aço e nylon, que se entrecortam com as três vozes. A percussão, utilizando instrumentos folclóricos, como os cajón’s (Peru/América Latina), caixas de marabaixo (Amazônia), tambor do divino (Maranhão) e o bombo leguero (Rio Grande do Sul/Região dos Pampas), trazem os efeitos e complementos rítmicos mesclando culturas e estilos, do folclórico ao contemporâneo, reunindo a pluralidade da cultura brasileira.
Entre 1999 a 2005, desenvolveram seu trabalho autoral na Região Sul. Foram convidados a integrar o Coro da Universidade Federal de Santa Maria/RS realizando concertos no Chile, Bolívia, Argentina e Peru.
Em 2005, compuseram a rapsódia “Hello, Édipo”, trilha sonora da peça homônima da Cia. O Veneno do Teatro, de São Paulo. Nesse mesmo ano, a música “Bem além da estrela Azul”, de autoria do grupo, passa a tocar na Rádio Máxima, especializada em música brasileira, no Japão.
Em 2006, mudam-se para São Paulo e realizam seu primeiro show, no SESC Consolação. Apresentaram-se em diversas cidades paulistas como Itu, Campinas, Santos, Araçatuba, Araraquara, São Carlos, e, com o quarteto vocal “A4Vozes”, fizeram turnê em MG e SP com o espetáculo “Voz do Sul, Canto de Minas”, projeto selecionado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo no programa ProAC e apresentado em praças públicas da capital paulista como o Parque Trianon, a Praça dos Omaguás e o Corredor Literário da Consolação.
Em 2008, o “A4Vozes” - em seu terceiro trabalho, o CD Interior - grava a canção “Vento Frio, Alma Quente” de autoria do Grupo VOZ.
Promovem a cultura realizando saraus culturais temáticos e autorais. Participam dos saraus pelo programa “Chama Poética” com edições na Rede SESC, na Casa das Rosas, na Biblioteca São Paulo e no Museu da Língua Portuguesa, e também pela Instituição de Ensino Cásper Líbero com o Café Filosófico do Parque Trianon/MASP e o Sarau da CPFL Cultural, em Campinas/SP.
Em 2007, o grupo recebeu o prêmio de Melhor Arranjo no Festival de Música e Arte de Garanhuns/PE, com a música “Mira”, sendo contratado para realizar show no 17º Festival de Inverno de Garanhuns. Nesse mesmo ano, lançou o CD independente “Renovação, Revolução, Essência”.
Entre 2007 e 2009 o VOZ recebeu mais de 50 prêmios em 30 festivais de Música Popular Brasileira, entre eles “Melhor Composição”, “Melhor Arranjo”, “Melhor Intérprete”, “Melhor Grupo” e “Aclamação Popular”. Foi convidado pelo musicólogo Ricardo Cravo Albin - então jurado do 27º Festival de Música Brasileira de Piraí/RJ - para integrar seus dados artísticos e históricos no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
Dos principais shows, destaque em 2008, para o Cena Musical Independente – 1ª Mostra Paulista de Bandas Emergentes, projeto realizado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e para a recente participação no lançamento do CD “Amazônica Elegância” de Enrico Di Miceli e Joãozinho Gomes, em Macapá/AP, pelo projeto Pixinguinha 2009, da Funarte.
Além das participações no Festival de Inverno JulhoFest de Poços de Caldas/MG 2006, no Festival de Inverno de Garanhuns/PE 2007, na Festa em Louvor a Nossa Senhora da Lapa 2008 em Vazante/MG, em 2010 a turnê VOZ Interpreta*Interfere no Sul de MG nas cidades de Varginha, Cambuquira e Três Pontas, entre outros.
Atualmente o VOZ está pré-produzindo seu segundo disco intitulado DEUS, ZEUS E EUS.
Site oficial: http://www.grupovoz.com.br/
MySpace: www.myspace.com/grupovoz
Show VOZ Interpreta*Interfere
“INTERPRETA*INTERFERE” traz ao público um espetáculo musical inédito e contemporâneo, com um repertório de obras consagradas da música brasileira (e do mundo) além de canções próprias do grupo, amplamente premiadas em festivais de MPB.
O Grupo VOZ, nessa turnê, interpreta e interfere nas canções, recriando de forma inusitada obras como Admirável Gado Novo (Zé Ramalho), Caçador de Mim (Sá e Magrão), Imagine (John Lennon), O Sal da Terra (Beto Guedes), Asa Branca (Luiz Gonzaga), entre outras.
O público desfrutará de um espetáculo que proporcionará entretenimento, reflexão sobre temas contemporâneos e filosóficos, e acima de tudo uma experiência cultural, emocionante e sensível.
Grupo vocal e instrumental formado em 1999 pelos irmãos Rodrigo Londero (voz e violão) e Vinicius Londero (voz e percussão), Gustavo Dall’Acqua (voz e violão) e Douglas Dalla Costa (bateria).
O trabalho autoral, os arranjos originais e a empatia com o público são as principais marcas do VOZ, que vem apresentando suas composições pelo Brasil em shows e diversos Festivais de MPB.
O som essencialmente acústico, as harmonias vocais e as letras – poesias com temas contemporâneos e filosóficos como a busca pela essência, a mecanicidade da vida, a consciência e o amor – são elementos característicos do grupo. A base harmônica está concentrada nos violões aço e nylon, que se entrecortam com as três vozes. A percussão, utilizando instrumentos folclóricos, como os cajón’s (Peru/América Latina), caixas de marabaixo (Amazônia), tambor do divino (Maranhão) e o bombo leguero (Rio Grande do Sul/Região dos Pampas), trazem os efeitos e complementos rítmicos mesclando culturas e estilos, do folclórico ao contemporâneo, reunindo a pluralidade da cultura brasileira.
Entre 1999 a 2005, desenvolveram seu trabalho autoral na Região Sul. Foram convidados a integrar o Coro da Universidade Federal de Santa Maria/RS realizando concertos no Chile, Bolívia, Argentina e Peru.
Em 2005, compuseram a rapsódia “Hello, Édipo”, trilha sonora da peça homônima da Cia. O Veneno do Teatro, de São Paulo. Nesse mesmo ano, a música “Bem além da estrela Azul”, de autoria do grupo, passa a tocar na Rádio Máxima, especializada em música brasileira, no Japão.
Em 2006, mudam-se para São Paulo e realizam seu primeiro show, no SESC Consolação. Apresentaram-se em diversas cidades paulistas como Itu, Campinas, Santos, Araçatuba, Araraquara, São Carlos, e, com o quarteto vocal “A4Vozes”, fizeram turnê em MG e SP com o espetáculo “Voz do Sul, Canto de Minas”, projeto selecionado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo no programa ProAC e apresentado em praças públicas da capital paulista como o Parque Trianon, a Praça dos Omaguás e o Corredor Literário da Consolação.
Em 2008, o “A4Vozes” - em seu terceiro trabalho, o CD Interior - grava a canção “Vento Frio, Alma Quente” de autoria do Grupo VOZ.
Promovem a cultura realizando saraus culturais temáticos e autorais. Participam dos saraus pelo programa “Chama Poética” com edições na Rede SESC, na Casa das Rosas, na Biblioteca São Paulo e no Museu da Língua Portuguesa, e também pela Instituição de Ensino Cásper Líbero com o Café Filosófico do Parque Trianon/MASP e o Sarau da CPFL Cultural, em Campinas/SP.
Em 2007, o grupo recebeu o prêmio de Melhor Arranjo no Festival de Música e Arte de Garanhuns/PE, com a música “Mira”, sendo contratado para realizar show no 17º Festival de Inverno de Garanhuns. Nesse mesmo ano, lançou o CD independente “Renovação, Revolução, Essência”.
Entre 2007 e 2009 o VOZ recebeu mais de 50 prêmios em 30 festivais de Música Popular Brasileira, entre eles “Melhor Composição”, “Melhor Arranjo”, “Melhor Intérprete”, “Melhor Grupo” e “Aclamação Popular”. Foi convidado pelo musicólogo Ricardo Cravo Albin - então jurado do 27º Festival de Música Brasileira de Piraí/RJ - para integrar seus dados artísticos e históricos no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
Dos principais shows, destaque em 2008, para o Cena Musical Independente – 1ª Mostra Paulista de Bandas Emergentes, projeto realizado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e para a recente participação no lançamento do CD “Amazônica Elegância” de Enrico Di Miceli e Joãozinho Gomes, em Macapá/AP, pelo projeto Pixinguinha 2009, da Funarte.
Além das participações no Festival de Inverno JulhoFest de Poços de Caldas/MG 2006, no Festival de Inverno de Garanhuns/PE 2007, na Festa em Louvor a Nossa Senhora da Lapa 2008 em Vazante/MG, em 2010 a turnê VOZ Interpreta*Interfere no Sul de MG nas cidades de Varginha, Cambuquira e Três Pontas, entre outros.
Atualmente o VOZ está pré-produzindo seu segundo disco intitulado DEUS, ZEUS E EUS.
Site oficial: http://www.grupovoz.com.br/
MySpace: www.myspace.com/grupovoz
Show VOZ Interpreta*Interfere
“INTERPRETA*INTERFERE” traz ao público um espetáculo musical inédito e contemporâneo, com um repertório de obras consagradas da música brasileira (e do mundo) além de canções próprias do grupo, amplamente premiadas em festivais de MPB.
O Grupo VOZ, nessa turnê, interpreta e interfere nas canções, recriando de forma inusitada obras como Admirável Gado Novo (Zé Ramalho), Caçador de Mim (Sá e Magrão), Imagine (John Lennon), O Sal da Terra (Beto Guedes), Asa Branca (Luiz Gonzaga), entre outras.
O público desfrutará de um espetáculo que proporcionará entretenimento, reflexão sobre temas contemporâneos e filosóficos, e acima de tudo uma experiência cultural, emocionante e sensível.
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Gabriel de Almeida Prado
Gabriel de Almeida Prado
Poeta, músico e fotógrafo
Gabriel é artista talentoso, com uma bela voz e poesia inventiva.
Músico da novíssima geração. É aluno de violão do compositor, músico e violonista Natan Marques, faz aulas de canto com Juliana Caldas e aulas de composição musical com o músico e compositor Kleber Albuquerque. É fotógrafo do projeto 'Chama Poética".
http://sarauchamapoetica.blogspot.com/
Poeta, músico e fotógrafo
Gabriel é artista talentoso, com uma bela voz e poesia inventiva.
Músico da novíssima geração. É aluno de violão do compositor, músico e violonista Natan Marques, faz aulas de canto com Juliana Caldas e aulas de composição musical com o músico e compositor Kleber Albuquerque. É fotógrafo do projeto 'Chama Poética".
http://sarauchamapoetica.blogspot.com/
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Neno Miranda
Sobre Neno Miranda
Neno Miranda : músico e poeta catarinense que atualmente vive entre São Paulo e Florianópolis. É difícil definir seu trabalho - nova mpb, neo-tropicalismos ou talvez música urbana com elementos regionais. No seu últimos disco, produzido por Roberto Gava, ele conta com a participação de músicos como Caio Milan, Djalma Lima, Ricardo Simões, Israel Heber, André Mainardi, Daniel Ribeiro e outros. iniciou seus estudos em Florianópolis - SC, tento aula de violão clássico com Arthur Batisti, estudou teoria da literatura com Sérgio Medeiros na Universidade Federal de Santa Catarina, já em São Paulo teve aulas com maestro Ricardo Simões. Formado na faculdade de audiovisual da FIAM em São Paulo. Está produzindo um novo CD que será lançado em 2010.
http://www.myspace.com/nenomiranda
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terça-feira, 10 de agosto de 2010
A Quatro Vozes
Canções que viajam pelos cantões desse Brasil na voz de A Quatro Vozes
“...tem magia encontro e poesia,é esperança no olhar...”
O Canto de Minas não é apenas o título do novo CD do quarteto A Quatro Vozes, lançamento Paulus. Ele vem revelar a origem e toda a musicalidade das quatro vocalistas, que reflete o percurso de mais de dez anos de trabalho de Dora, Jussara, Jurema e Thatiana.
Lá das Gerais, essas quatro mulheres, todas da mesma família, encantam pela alegria, harmonia, simplicidade e, principalmente, pela serenidade que desenvolvem todo o repertório musical. Com esse novo CD, essas mineiras dialogam com o imortal “Clube da Esquina” de Milton, Lô, Tiso, Márcio, Beto..., reverenciando toda a sua importância no cenário musical nacional e internacional. Isso pode ser percebido na faixa “Tempos e Canções” (Osvaldo Fabian Ossa e Doralice Otaviano), onde relembramos toda a poesia e musicalidade apresentada por estes mineiros, principalmente aquelas de autoria de Beto Guedes.
Nesse contexto constelar da diversidade mineira, O Canto de Minas tem luz melódica não só extraída das raízes do estado. É eclético, recheado de sons, dentre eles o afro, e estilos diversos como cantigas, baladas, temas regionais, folclore e samba raiz.
O Canto de Minas se enquadra nesta diversidade poético-musical. Viaja pelos cantões desse Brasil, com canções finamente selecionadas que se transformam em interessante e alquímica trama de sons e ritmos, valorizando a pluralidade musical do grupo. Ao ouvir “Santos Negros” (Cássia Maria Araújo) a melodia nos remete às procissões realizadas em uma das estreitas ruas de São João Del Rei ou mesmo de Ouro Preto, momentos de extrema celebração coletiva. Já “De luas a sóis” (Brau Mendonça e Ozias Stafuzza) nos conforta, leva-nos a um momento mágico e de profunda introspecção: “...O acaso e o destino só nos levaram qual chuva que cai sem saber pra onde a estrada vai, viajantes...”.
Na Música Popular Brasileira, a obra pode ser alinhada às matrizes poéticas de primeira grandeza, entrelaçando com sabedoria diversos ritmos como o congado (original de Moçambique), nas faixas “Boi do Pindaré” (domínio público) e “Essa Alegria” (Lula Queiroga). O regionalismo está representado pela bela “Quarto Crescente” (Divino Arbués); por Pantanal (Marcus Viana) – um canto nativo dos índios Krahô, música de sucesso e tema de abertura de novela, do mesmo nome, na TV Manchete – marco da televisão brasileira na década de 90; e “Vendedor de Caranguejo” (Gordurinha) interpretada em duas oportunidades por Gilberto Gil nos CDs Quanta (1997) e Quanta gente veio ver (1998).
Ficha Técnica:
O Canto de Minas
Cantiga do caminho (domínio público)
Upa Neguinho (Edu Lobo)
A Flor da África (Ozias Stafuzza)
Santos Negros (Cássia Maria Araújo)
Bola de meia, bola de gude ( Milton Nascimento e Brant)
Mira Ira (Lula Barbosa)
Pantanal (Marcus Viana)
Trenzinho do caipira ( Vila Lobos )
Yolanda ( Pablo Melanez e Chico Buarque)
O Boi do Pindaré (domínio público)
Vendedor de Caranguejo (Gordurinha)
Samba de tia Joana ( Jussara e Dora )
Amor não se Compra (Jussara Otaviano)
Conto de Areia (Toninho e Romildo)
FICHA TECNICA
Doralice Otaviano (médios agudos)
Jussara Otaviano (médios agudos)
Jurema Otaviano (médios graves)
Thatiana Otaviano (médios graves)
Músicos:
Bráulio Mendonça -Violão e Viola
Bebe do Goes – Percussão
Daniel Kid - Baixo
A QUATRO VOZES
O grupo vocal A QUATRO VOZES, formado pelas irmãs Dora, Jurema e Jussara e sua sobrinha Thatiana, acompanhadas de um quarteto de instrumentistas – buscam fazer música popular brasileira de maneira apaixonada.
A necessidade da música em suas vidas é herança da mãe, que cantarolava enquanto colhia café, no interior de Minas Gerais, encantando o coração do pai, então militar que fazia guarda por perto. Com determinação e paixão buscaram oportunidades para expressar um trabalho, fruto de dedicação, estudo e pesquisa da cultura brasileira. De igrejas e manifestações populares, passam a apresentar-se em festivais e bares, já em São Paulo. Música expressada com liberdade, interação e envolvimento social. E com arranjos vocais trabalhados em quatro timbres.
Desenvolvem um trabalho de resgate da MPB mesclando inúmeros elementos de uma forma muito original através de músicas que expressam o valor do indivíduo, dos sentimentos humanitários e da cultura brasileira originária das mesclas do branco, do negro e do índio.
Em seu primeiro CD solo “FELICIDADE GUERREIRA” o grupo desenvolve uma interessante e alquímica trama de sons e ritmos mostrando aos que o ouvem a pluralidade musical do nosso Brasil em um passeio pela diversidade de muitos estilos, representados neste trabalho com a balada, o calango, a bossa, o samba...
No repertório há clássicos da MPB (Gil, Chico Buarque, Vinicius) e obras de novos compositores, alguns dos quais integram o grupo.
Ao longo destes anos vem apresentando esse trabalho em diferentes locais e cenários culturais. Participou do 17º Festival Do Fogo de Cuba, na cidade de Santiago, em 1997, ano que a homenagem da mostra foi dedicada ao Brasil. No ano seguinte esteve no FEMADUM e fez uma apresentação especial com a bateria do OLODUM no Pelourinho, Salvador (BA).
O grupo lançou em 2002 o CD no 33º Festival de Inverno de Campos do Jordão, e vem realizando shows em diversos locais - Memorial da América Latina, Centro Cultural São Paulo, Teatro Municipal, Tom Brasil, Supremo Musical, Sesc Ipiranga, Sesc Vila Mariana, Sesc Santo Amaro, Sesc Belenzinho, Sesc Sto André, São Luis do Paraitinga, Cunha, Santo André, Iguape, - FNAC – RJ, Guaxupé, Divinópolis, Museu Abílio Barreto, Utópica Marcenaria – MG , Salvador, Maceió, Recife, Fortaleza e Curitiba .
O seu 2º CD O CANTO DE MINAS lançado em 2004 pela gravadora PAULUS, vem reverenciar a musica das Gerais e se enquadra nesta diversidade poético-musical. Viaja pelos cantões desse Brasil, com canções finamente selecionadas que se transformam em interessante e alquímica trama de sons e ritmos, valorizando a pluralidade musical do grupo. Ao ouvir “Santos Negros” (Cássia Maria Araújo) a melodia nos remete às procissões realizadas em uma das estreitas ruas de São João Del Rei ou mesmo de Ouro Preto, momentos de extrema celebração coletiva. Já “De luas a sóis” (Brau Mendonça e Ozias Stafuzza) nos conforta, leva-nos a um momento mágico e de profunda introspecção: “... O acaso e o destino só nos levaram qual chuva que cai sem saber pra onde a estrada vai, viajante”.
No ano de 2005 o álbum O CANTO DE MINAS foi indicado na categoria vocal como um dos melhores grupos pelo prêmio TIM.
No projeto RUMOS, promovido pelo ITAU CULTURAL, o quarteto também está presente no projeto com a musica de uma das componentes.
Do álbum FELICIDADE GUERREIRA foi selecionada a música “Isso é Brasil” para estar em um dos cds da coletânea BOTICARIO BRASILIDADES, que será ouvido em todas as lojas do Boticário em todo o país no 2º semestre.
E no projeto CONEXÃO TELEMIG CELULAR, o quarteto ficou entre os 10 escolhidos, como novos rumos da musica mineira.
No ano de 2008 o quarteto lança o 3º CD INTERIOR pela gravadora PAULUS onde remontam um cenário intimo e peculiar, que traz no ritmo dos tambores e na melodia das vozes uma maneira de cantar músicas que falem do povo Brasileiro, nesta obra procuram reconhecer a potencialidade cultural das cidades do interior do país que transcende o seu próprio significado revelando o interior do povo brasileiro, resgatando hábitos e valores culturais tão banalizados pela produção de massa da atualidade e pela grande mídia. O CD foi abrilhantado com a musica Vento frio, alma quente do grupoVOZ . O Quarteto A QUATRO VOZES tem se apresentado em vários espaços culturais dentro e fora do Brasil: de 2008 a 2009 SESCs - Consolação, Pompéia, Ipiranga, Rio Preto, Presidente Prudente, S.J. dos Campos, SESIs Santos, S.Bernardo do Campo, Marilia, Mauá, Birigui. Prefeituras de S. Paulo, Fortaleza, Guaxupé, Santo André, Jaguariúna, Bertioga, Tiete, Embu das artes.
Portugal –Sintra -restaurante Orixás, Lisboa- Biblioteca Joanina, Santa Maria da Feira – Europarque. Outros congressos, Centros culturais, teatros.
http://www.youtube.com/watch?v=Vf4HYdpNt8A
http://www.youtube.com/watch?v=cu4S-nWenVE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=zidwJlqBYws&feature=related
http://www.myspace.com/aquatrovozes
“...tem magia encontro e poesia,é esperança no olhar...”
O Canto de Minas não é apenas o título do novo CD do quarteto A Quatro Vozes, lançamento Paulus. Ele vem revelar a origem e toda a musicalidade das quatro vocalistas, que reflete o percurso de mais de dez anos de trabalho de Dora, Jussara, Jurema e Thatiana.
Lá das Gerais, essas quatro mulheres, todas da mesma família, encantam pela alegria, harmonia, simplicidade e, principalmente, pela serenidade que desenvolvem todo o repertório musical. Com esse novo CD, essas mineiras dialogam com o imortal “Clube da Esquina” de Milton, Lô, Tiso, Márcio, Beto..., reverenciando toda a sua importância no cenário musical nacional e internacional. Isso pode ser percebido na faixa “Tempos e Canções” (Osvaldo Fabian Ossa e Doralice Otaviano), onde relembramos toda a poesia e musicalidade apresentada por estes mineiros, principalmente aquelas de autoria de Beto Guedes.
Nesse contexto constelar da diversidade mineira, O Canto de Minas tem luz melódica não só extraída das raízes do estado. É eclético, recheado de sons, dentre eles o afro, e estilos diversos como cantigas, baladas, temas regionais, folclore e samba raiz.
O Canto de Minas se enquadra nesta diversidade poético-musical. Viaja pelos cantões desse Brasil, com canções finamente selecionadas que se transformam em interessante e alquímica trama de sons e ritmos, valorizando a pluralidade musical do grupo. Ao ouvir “Santos Negros” (Cássia Maria Araújo) a melodia nos remete às procissões realizadas em uma das estreitas ruas de São João Del Rei ou mesmo de Ouro Preto, momentos de extrema celebração coletiva. Já “De luas a sóis” (Brau Mendonça e Ozias Stafuzza) nos conforta, leva-nos a um momento mágico e de profunda introspecção: “...O acaso e o destino só nos levaram qual chuva que cai sem saber pra onde a estrada vai, viajantes...”.
Na Música Popular Brasileira, a obra pode ser alinhada às matrizes poéticas de primeira grandeza, entrelaçando com sabedoria diversos ritmos como o congado (original de Moçambique), nas faixas “Boi do Pindaré” (domínio público) e “Essa Alegria” (Lula Queiroga). O regionalismo está representado pela bela “Quarto Crescente” (Divino Arbués); por Pantanal (Marcus Viana) – um canto nativo dos índios Krahô, música de sucesso e tema de abertura de novela, do mesmo nome, na TV Manchete – marco da televisão brasileira na década de 90; e “Vendedor de Caranguejo” (Gordurinha) interpretada em duas oportunidades por Gilberto Gil nos CDs Quanta (1997) e Quanta gente veio ver (1998).
Ficha Técnica:
O Canto de Minas
Cantiga do caminho (domínio público)
Upa Neguinho (Edu Lobo)
A Flor da África (Ozias Stafuzza)
Santos Negros (Cássia Maria Araújo)
Bola de meia, bola de gude ( Milton Nascimento e Brant)
Mira Ira (Lula Barbosa)
Pantanal (Marcus Viana)
Trenzinho do caipira ( Vila Lobos )
Yolanda ( Pablo Melanez e Chico Buarque)
O Boi do Pindaré (domínio público)
Vendedor de Caranguejo (Gordurinha)
Samba de tia Joana ( Jussara e Dora )
Amor não se Compra (Jussara Otaviano)
Conto de Areia (Toninho e Romildo)
FICHA TECNICA
Doralice Otaviano (médios agudos)
Jussara Otaviano (médios agudos)
Jurema Otaviano (médios graves)
Thatiana Otaviano (médios graves)
Músicos:
Bráulio Mendonça -Violão e Viola
Bebe do Goes – Percussão
Daniel Kid - Baixo
A QUATRO VOZES
O grupo vocal A QUATRO VOZES, formado pelas irmãs Dora, Jurema e Jussara e sua sobrinha Thatiana, acompanhadas de um quarteto de instrumentistas – buscam fazer música popular brasileira de maneira apaixonada.
A necessidade da música em suas vidas é herança da mãe, que cantarolava enquanto colhia café, no interior de Minas Gerais, encantando o coração do pai, então militar que fazia guarda por perto. Com determinação e paixão buscaram oportunidades para expressar um trabalho, fruto de dedicação, estudo e pesquisa da cultura brasileira. De igrejas e manifestações populares, passam a apresentar-se em festivais e bares, já em São Paulo. Música expressada com liberdade, interação e envolvimento social. E com arranjos vocais trabalhados em quatro timbres.
Desenvolvem um trabalho de resgate da MPB mesclando inúmeros elementos de uma forma muito original através de músicas que expressam o valor do indivíduo, dos sentimentos humanitários e da cultura brasileira originária das mesclas do branco, do negro e do índio.
Em seu primeiro CD solo “FELICIDADE GUERREIRA” o grupo desenvolve uma interessante e alquímica trama de sons e ritmos mostrando aos que o ouvem a pluralidade musical do nosso Brasil em um passeio pela diversidade de muitos estilos, representados neste trabalho com a balada, o calango, a bossa, o samba...
No repertório há clássicos da MPB (Gil, Chico Buarque, Vinicius) e obras de novos compositores, alguns dos quais integram o grupo.
Ao longo destes anos vem apresentando esse trabalho em diferentes locais e cenários culturais. Participou do 17º Festival Do Fogo de Cuba, na cidade de Santiago, em 1997, ano que a homenagem da mostra foi dedicada ao Brasil. No ano seguinte esteve no FEMADUM e fez uma apresentação especial com a bateria do OLODUM no Pelourinho, Salvador (BA).
O grupo lançou em 2002 o CD no 33º Festival de Inverno de Campos do Jordão, e vem realizando shows em diversos locais - Memorial da América Latina, Centro Cultural São Paulo, Teatro Municipal, Tom Brasil, Supremo Musical, Sesc Ipiranga, Sesc Vila Mariana, Sesc Santo Amaro, Sesc Belenzinho, Sesc Sto André, São Luis do Paraitinga, Cunha, Santo André, Iguape, - FNAC – RJ, Guaxupé, Divinópolis, Museu Abílio Barreto, Utópica Marcenaria – MG , Salvador, Maceió, Recife, Fortaleza e Curitiba .
O seu 2º CD O CANTO DE MINAS lançado em 2004 pela gravadora PAULUS, vem reverenciar a musica das Gerais e se enquadra nesta diversidade poético-musical. Viaja pelos cantões desse Brasil, com canções finamente selecionadas que se transformam em interessante e alquímica trama de sons e ritmos, valorizando a pluralidade musical do grupo. Ao ouvir “Santos Negros” (Cássia Maria Araújo) a melodia nos remete às procissões realizadas em uma das estreitas ruas de São João Del Rei ou mesmo de Ouro Preto, momentos de extrema celebração coletiva. Já “De luas a sóis” (Brau Mendonça e Ozias Stafuzza) nos conforta, leva-nos a um momento mágico e de profunda introspecção: “... O acaso e o destino só nos levaram qual chuva que cai sem saber pra onde a estrada vai, viajante”.
No ano de 2005 o álbum O CANTO DE MINAS foi indicado na categoria vocal como um dos melhores grupos pelo prêmio TIM.
No projeto RUMOS, promovido pelo ITAU CULTURAL, o quarteto também está presente no projeto com a musica de uma das componentes.
Do álbum FELICIDADE GUERREIRA foi selecionada a música “Isso é Brasil” para estar em um dos cds da coletânea BOTICARIO BRASILIDADES, que será ouvido em todas as lojas do Boticário em todo o país no 2º semestre.
E no projeto CONEXÃO TELEMIG CELULAR, o quarteto ficou entre os 10 escolhidos, como novos rumos da musica mineira.
No ano de 2008 o quarteto lança o 3º CD INTERIOR pela gravadora PAULUS onde remontam um cenário intimo e peculiar, que traz no ritmo dos tambores e na melodia das vozes uma maneira de cantar músicas que falem do povo Brasileiro, nesta obra procuram reconhecer a potencialidade cultural das cidades do interior do país que transcende o seu próprio significado revelando o interior do povo brasileiro, resgatando hábitos e valores culturais tão banalizados pela produção de massa da atualidade e pela grande mídia. O CD foi abrilhantado com a musica Vento frio, alma quente do grupoVOZ . O Quarteto A QUATRO VOZES tem se apresentado em vários espaços culturais dentro e fora do Brasil: de 2008 a 2009 SESCs - Consolação, Pompéia, Ipiranga, Rio Preto, Presidente Prudente, S.J. dos Campos, SESIs Santos, S.Bernardo do Campo, Marilia, Mauá, Birigui. Prefeituras de S. Paulo, Fortaleza, Guaxupé, Santo André, Jaguariúna, Bertioga, Tiete, Embu das artes.
Portugal –Sintra -restaurante Orixás, Lisboa- Biblioteca Joanina, Santa Maria da Feira – Europarque. Outros congressos, Centros culturais, teatros.
http://www.youtube.com/watch?v=Vf4HYdpNt8A
http://www.youtube.com/watch?v=cu4S-nWenVE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=zidwJlqBYws&feature=related
http://www.myspace.com/aquatrovozes
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Quarteto Original
Chris Stout nasceu e cresceu na ilha de Shetland, ao norte da Escócia, e vive hoje em Glasgow,onde estudou violino e composição eletroacústica na Royal Scottish Academy of Music and Drama.
É reconhecido nacional e internacionalmente como um dos melhores violinistas de música tradicional escocesa de seu país.
Chris é líder da banda Fiddler’s Bid e integrante das bandas Salsa Celtica, Finlay MacDonald Band e Celtic Feet. Além das bandas, Chris desenvolve trabalho de duo
com a harpista Catriona MacKay e trabalho solo em música tradicional e eletroacústica.
Uma faixa do seu último album solo, First o’ the Darkenin" foi nomeada música tradicional no BBC Folk Award 2005.
saiba mais:
http://www.chrisstout.co.uk/
Thomas Rohrer nasceu em Basiléia na Suíça, iniciou seus estudos musicais como violinista e estudou saxofone com Othmar Kramis na escola de jazz de Lucerna. Desde 1995 vive no Brasil e hoje é um destacado rabequeiro da música tradicional brasileira e
integrante do grupo musical A Barca. Além da música tradicional brasileira, Thomas
desenvolve um intenso trabalho no campo da improvisação livre.
Thomas colabora em gravações e apresentações de Zeca Baleiro,Paulinho Lepetit, Ceumar, Siba,Quarteto Original e CarlinhosAntunes no Brasil e com John La
Barbera, Steve Gom e Ed Sarath,entre outros na Europa.
saiba mais:
www.myspace.com/thomasrohrer
Carlinhos Antunes é um músico versátil. Toca violão, viola, charango, cuatro, kora, saz e percussão variada. Tem como principal característica viajar e pesquisar sons de diversas partes do mundo e do Brasil. Com uma vasta carreira nacional e internacional em seus 26 anos de estrada, esse músico, também historiador pela PUC-SP, já atuou
com grandes nomes do Brasil e do exterior, como Tom Zé, Adoniram Barbosa, Jair Rodrigues, Oswaldinho do Acordeom, Badi Assad, Susana Baca (Peru), Carlos Nuñes (Espanha), Paul Winter (EUA), Mahala Räi Band e Ionel Manole Trio (Romênia), Samir
e Wissan Jubran (Palestina), Antonio Chainho (Portugal), Pascal Lefeuvre (França), dentre outros artistas. Co-dirigiu a Orquestra Mediterrânea, a convite do SESC-SP, que reuniu 25 músicos de países do mediterrâneo e fez a regência do show de lançamento do CD de Tom Zé, considerado pelo Jornal Estado de São Paulo como um dos melhores shows de ano 2006. Também dirige a Orquestra Mundana e é um dos fundadores do Trio Atlântico. Além de Festivais Internacionais, que participa desde 1987, Antunes vem realizando shows em vários Estados e cidades brasileiras.
saiba mais:
http://www.carlinhosantunes.com.br/
Rui Barossi é bacharel em música pela Universidade de Campinas. Participou das edições de 1997 e 1999 do Festival de Inverno de Campos do Jordão e de 2000 do
Festival de Música de Curitiba.Contrabaixista, arranjador e compositor, compõe trilhas sonoras para teatro e tocou com diversos artistas como Sylvinha e Eduardo Araújo, Gary Brown, Luíza Possi,Jorge Mautner, Badi Assad, Virgínia Rosa, Luciana Amaral, Marina de La Riva, Graça Cunha, Chris Stout (Escócia), Oleg Fateev (Moldávia), entre outros. Já se apresentou em diversos países (França, Alemanha, Burkina Faso Escócia, Holanda, Índia etc) e em Festivais Internacionais como Celtic Connections, Nuits
Atypiques de Langon, Nuits Atypiques de Koudougou, Savassi Jazz Fest.
Atualmente faz parte dos grupos Comboio, À Deriva, Gato Negro, Carlinhos Antunes e Orquestra Mundana, Banda Urbana, Los Locos e Soft Shoes.
saiba mais:
www.myspace.com/ruibarossi
É reconhecido nacional e internacionalmente como um dos melhores violinistas de música tradicional escocesa de seu país.
Chris é líder da banda Fiddler’s Bid e integrante das bandas Salsa Celtica, Finlay MacDonald Band e Celtic Feet. Além das bandas, Chris desenvolve trabalho de duo
com a harpista Catriona MacKay e trabalho solo em música tradicional e eletroacústica.
Uma faixa do seu último album solo, First o’ the Darkenin" foi nomeada música tradicional no BBC Folk Award 2005.
saiba mais:
http://www.chrisstout.co.uk/
Thomas Rohrer nasceu em Basiléia na Suíça, iniciou seus estudos musicais como violinista e estudou saxofone com Othmar Kramis na escola de jazz de Lucerna. Desde 1995 vive no Brasil e hoje é um destacado rabequeiro da música tradicional brasileira e
integrante do grupo musical A Barca. Além da música tradicional brasileira, Thomas
desenvolve um intenso trabalho no campo da improvisação livre.
Thomas colabora em gravações e apresentações de Zeca Baleiro,Paulinho Lepetit, Ceumar, Siba,Quarteto Original e CarlinhosAntunes no Brasil e com John La
Barbera, Steve Gom e Ed Sarath,entre outros na Europa.
saiba mais:
www.myspace.com/thomasrohrer
Carlinhos Antunes é um músico versátil. Toca violão, viola, charango, cuatro, kora, saz e percussão variada. Tem como principal característica viajar e pesquisar sons de diversas partes do mundo e do Brasil. Com uma vasta carreira nacional e internacional em seus 26 anos de estrada, esse músico, também historiador pela PUC-SP, já atuou
com grandes nomes do Brasil e do exterior, como Tom Zé, Adoniram Barbosa, Jair Rodrigues, Oswaldinho do Acordeom, Badi Assad, Susana Baca (Peru), Carlos Nuñes (Espanha), Paul Winter (EUA), Mahala Räi Band e Ionel Manole Trio (Romênia), Samir
e Wissan Jubran (Palestina), Antonio Chainho (Portugal), Pascal Lefeuvre (França), dentre outros artistas. Co-dirigiu a Orquestra Mediterrânea, a convite do SESC-SP, que reuniu 25 músicos de países do mediterrâneo e fez a regência do show de lançamento do CD de Tom Zé, considerado pelo Jornal Estado de São Paulo como um dos melhores shows de ano 2006. Também dirige a Orquestra Mundana e é um dos fundadores do Trio Atlântico. Além de Festivais Internacionais, que participa desde 1987, Antunes vem realizando shows em vários Estados e cidades brasileiras.
saiba mais:
http://www.carlinhosantunes.com.br/
Rui Barossi é bacharel em música pela Universidade de Campinas. Participou das edições de 1997 e 1999 do Festival de Inverno de Campos do Jordão e de 2000 do
Festival de Música de Curitiba.Contrabaixista, arranjador e compositor, compõe trilhas sonoras para teatro e tocou com diversos artistas como Sylvinha e Eduardo Araújo, Gary Brown, Luíza Possi,Jorge Mautner, Badi Assad, Virgínia Rosa, Luciana Amaral, Marina de La Riva, Graça Cunha, Chris Stout (Escócia), Oleg Fateev (Moldávia), entre outros. Já se apresentou em diversos países (França, Alemanha, Burkina Faso Escócia, Holanda, Índia etc) e em Festivais Internacionais como Celtic Connections, Nuits
Atypiques de Langon, Nuits Atypiques de Koudougou, Savassi Jazz Fest.
Atualmente faz parte dos grupos Comboio, À Deriva, Gato Negro, Carlinhos Antunes e Orquestra Mundana, Banda Urbana, Los Locos e Soft Shoes.
saiba mais:
www.myspace.com/ruibarossi
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Susanna Busato
Susanna Busato é nascida em São Paulo, SP, em 1961. É Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, de São José do Rio Preto, SP e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Leciona Poesia Brasileira, no Curso de Licenciatura em Letras e na Pós-Graduação em Letras da UNESP, campus de São José do Rio Preto, desde 1999. Premiada no Mapa Cultural Paulista, categoria Poesia, em junho de 2010, tem poemas publicados na Revista Cult, Revista Brasileiros e nas revistas eletrônicas Zunái e Aliás. Alguns de seus textos críticos de poesia estão publicados na Revista Zunái e Germina, no Portal Cronópios e na revista eletrônica Espéculo. Revista de estudios literários da Universidad Complutense de Madrid. Organizou juntamente com Sérgio Vicente Motta o e-book Fragmentos do Contemporâneo: leituras, São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009, pelo selo Editora da UNESP. Mantém um blog onde o exercício criativo e crítico desenha coordenadas www.meupapelderiscos.blogspot.com E-mail: susanna@ibilce.unesp.br e susanna.busato@gmail.com
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Marcelo Tapia
Diretor do Museu Casa Guilherme de Almeida
Escritor, editor e publicitário, nascido em Tietê , São Paulo, em 1/1/1954. Reside em São Paulo. Já publicou os seguintes livros:
Primitipo – poesia – Massao Ohno / Maria Lydia Pires e Albuquerque Editores, SP, 1982
O Bagatelista – poesia – Edições Timbre, SP, 1985
Joyce – Poemas (tradução) – Editora Expressão, SP, 1986
Haikais do Tempo / Tankas e Haikais da Lua (tradução) – Editora Olavobrás, 1988
Rótulo – poesia – Editora Olavobrás, SP, 1990
Livro Aberto – conto – Editora Olavobrás, SP, 1991
Joyce – Poemas (com Luis Dolhnikoff) – Editora Olavobrás, SP, 1992
Pedra Volátil – Poemas – Editora Olavobrás, 1996
- Os passos perdidos de Alejo Carpentier - Tradução de Marcelo Tápia - Martins Fontes -2008
- VALOR DE USO - Annablume - ano 2009
Escritor, editor e publicitário, nascido em Tietê , São Paulo, em 1/1/1954. Reside em São Paulo. Já publicou os seguintes livros:
Primitipo – poesia – Massao Ohno / Maria Lydia Pires e Albuquerque Editores, SP, 1982
O Bagatelista – poesia – Edições Timbre, SP, 1985
Joyce – Poemas (tradução) – Editora Expressão, SP, 1986
Haikais do Tempo / Tankas e Haikais da Lua (tradução) – Editora Olavobrás, 1988
Rótulo – poesia – Editora Olavobrás, SP, 1990
Livro Aberto – conto – Editora Olavobrás, SP, 1991
Joyce – Poemas (com Luis Dolhnikoff) – Editora Olavobrás, SP, 1992
Pedra Volátil – Poemas – Editora Olavobrás, 1996
- Os passos perdidos de Alejo Carpentier - Tradução de Marcelo Tápia - Martins Fontes -2008
- VALOR DE USO - Annablume - ano 2009
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Cartaz do Festival da Palavra
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Guca Domenico
Guca Domenico
Formou-se em jornalismo pela Faculdade “Cásper Líbero”, São Paulo. É um dos fundadores do Língua de Trapo, ícone do humor musical. Além dos 7 Cds da banda, Guca Domenico gravou 3 CDs: Levando às Íntimas Conseqüências (1992), Te Vejo (2001) e Vislumbres (2008). Lançou os livros: Sete poemas e uma flor, Um campeonato de piadas, Gato Pardo, 1001 Desculpas esfarrapadas, O jovem Noel Rosa, O jovem Santos Dumont, 1001 Desculpas Esfarrapadas de Políticos, Olhe o desperdício Coelho Felício, A Poluição tem solução e Breve História da Bossa Nova. O livro O jovem Noel Rosa recebeu a chancela de “Altamente Recomendável” do Instituto Brasileiro do Livro Infanto-Juvenil, em 2004. Olhe o desperdício Coelho Felício foi escolhido como material de apoio pela Fundação Nacional do Livro Didático e transformou-se num sucesso de vendas. O jovem Santos Dumont foi considerado “Livro do Ano” pelo programa São Paulo de Todos os Tempos, da rádio Eldorado/AM. Guca Domenico tem composições gravadas por Língua de Trapo, Ana de Hollanda, Tetê Espíndolla e Almir, Gereba, Pena Branca e Trovadores Urbanos. Na Itália, Gigi Acquas. O disco “Semente Caipira”, de Pena Branca, com duas composições de Guca Domenico (A banana deu no pé e Espera eu chegar) ganhou o Grammy Latino 2002 como melhor álbum de música regional. Foi professor de Educação Musical na Scuola Italiana Eugenio Montale/ São Paulo. Também ensinou música no Conservatório Souza Lima/São Paulo. Como jornalista, colaborou na Folhinha de São Paulo, Caros Amigos, Globo Rural e Revista da Vila Madalena. Escreveu a peça teatral Meias Mentiras, 3° lugar no II Concurso de Dramaturgia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. site:www.gucadomenico.com.br
blog: http://www.guca.zip.net/
contato para shows: (11) 3097 8861
Formou-se em jornalismo pela Faculdade “Cásper Líbero”, São Paulo. É um dos fundadores do Língua de Trapo, ícone do humor musical. Além dos 7 Cds da banda, Guca Domenico gravou 3 CDs: Levando às Íntimas Conseqüências (1992), Te Vejo (2001) e Vislumbres (2008). Lançou os livros: Sete poemas e uma flor, Um campeonato de piadas, Gato Pardo, 1001 Desculpas esfarrapadas, O jovem Noel Rosa, O jovem Santos Dumont, 1001 Desculpas Esfarrapadas de Políticos, Olhe o desperdício Coelho Felício, A Poluição tem solução e Breve História da Bossa Nova. O livro O jovem Noel Rosa recebeu a chancela de “Altamente Recomendável” do Instituto Brasileiro do Livro Infanto-Juvenil, em 2004. Olhe o desperdício Coelho Felício foi escolhido como material de apoio pela Fundação Nacional do Livro Didático e transformou-se num sucesso de vendas. O jovem Santos Dumont foi considerado “Livro do Ano” pelo programa São Paulo de Todos os Tempos, da rádio Eldorado/AM. Guca Domenico tem composições gravadas por Língua de Trapo, Ana de Hollanda, Tetê Espíndolla e Almir, Gereba, Pena Branca e Trovadores Urbanos. Na Itália, Gigi Acquas. O disco “Semente Caipira”, de Pena Branca, com duas composições de Guca Domenico (A banana deu no pé e Espera eu chegar) ganhou o Grammy Latino 2002 como melhor álbum de música regional. Foi professor de Educação Musical na Scuola Italiana Eugenio Montale/ São Paulo. Também ensinou música no Conservatório Souza Lima/São Paulo. Como jornalista, colaborou na Folhinha de São Paulo, Caros Amigos, Globo Rural e Revista da Vila Madalena. Escreveu a peça teatral Meias Mentiras, 3° lugar no II Concurso de Dramaturgia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. site:www.gucadomenico.com.br
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Thadeu Romano
Iniciou seus estudos em música aos 15 anos e em pouco tempo já se apresentava em concertos para acordeom. Thadeu é um músico inquieto e ávido por novas experiências musicais, da nova safra de músicos talentosos, que transitam pelas mais diferentes formas de gêneros musicais, abrindo uma nova possibilidade para a sanfona. Seu repertório eclético e muito vasto abrange do popular ao erudito e o levou a tocar ao lado de grandes nomes da música como:
- Zizi Possi, Fábio Jr., Alessandro Penesi, Naylor Proveta, Douglas Alonso, Keko Brandão, Webster Santos, Guelo, Heraldo do Monte, Luciana Rabello, Teddy Falcon, Dóris Monteiro, Fernanda Porto, Fátima Guedes, Marcelo Mariano, Ubaldo Versolato, Marcos Teixeira, Guilherme Kastrup, Alexandre Cunha, Peri Ribeiro, Eduardo Gudin, Mafalda Minozzi, Pepa, Ary Holland, Giba Favery, Fábio Canela, Rodrigo Satter, Naná Vasconcelos, Dona Inah, João Borba, Celia e Celma entre outros;
- Os violeiros: Levi Ramiro, Júlio Santín, Milton Araújo, Zeca Collares, Miltinho Edilberto, Arnaldo da Viola, Rodrigo Zank, Yassir Chediak;
- Os Maestros: Vidal França, Chico Moreira, Jether Garotti, Amador Longuini, John Berman, Rodolfo Rebuzzi e João Carlos Coutinho;
- Os Sanfoneiros: Toninho Ferragutti, Dominguinhos, Enok Virgulino
- 0s grupos musicais: Meia Dúzia de 3 ou 4, Trio Nordestino, Trio Virgulino, Trio Forrozão, Jorge e José, Trio Juazeiro, Choro de Ouro, Choro In Jazz, Tangata Quarteto.
Atuou como músico convidado nos seguintes projetos:
- Viva Dalva
- Nora Ney
- Chorandosemparar, onde é coordenador da roda de choro
Atualmente Thadeu Romano é sanfoneiro fixo da banda de Roberta Miranda.
Ler mais: http://www.myspace.com/thadeuromano
- Zizi Possi, Fábio Jr., Alessandro Penesi, Naylor Proveta, Douglas Alonso, Keko Brandão, Webster Santos, Guelo, Heraldo do Monte, Luciana Rabello, Teddy Falcon, Dóris Monteiro, Fernanda Porto, Fátima Guedes, Marcelo Mariano, Ubaldo Versolato, Marcos Teixeira, Guilherme Kastrup, Alexandre Cunha, Peri Ribeiro, Eduardo Gudin, Mafalda Minozzi, Pepa, Ary Holland, Giba Favery, Fábio Canela, Rodrigo Satter, Naná Vasconcelos, Dona Inah, João Borba, Celia e Celma entre outros;
- Os violeiros: Levi Ramiro, Júlio Santín, Milton Araújo, Zeca Collares, Miltinho Edilberto, Arnaldo da Viola, Rodrigo Zank, Yassir Chediak;
- Os Maestros: Vidal França, Chico Moreira, Jether Garotti, Amador Longuini, John Berman, Rodolfo Rebuzzi e João Carlos Coutinho;
- Os Sanfoneiros: Toninho Ferragutti, Dominguinhos, Enok Virgulino
- 0s grupos musicais: Meia Dúzia de 3 ou 4, Trio Nordestino, Trio Virgulino, Trio Forrozão, Jorge e José, Trio Juazeiro, Choro de Ouro, Choro In Jazz, Tangata Quarteto.
Atuou como músico convidado nos seguintes projetos:
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Atualmente Thadeu Romano é sanfoneiro fixo da banda de Roberta Miranda.
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Priscila Lavorato
Iniciou sua base para seu desenvolvimento como cantora e atriz participando de diversas peças musicais com diretores como Nydia Lícia, Renata Soffredinni, Carlinhos Machado e a na super produção "O Mágico de Oz" com Billy Bond. Fez curso livre de canto no Conservatório Souza Lima, com Selma Buso, Rafael Dantas, Gilberto de Syllos e Walter Nery. Atualmente faz Licenciatura e Bacharelado em Música na Uni Sant'Anna com professores renomados como Luiz Gayotto e Peter Dietrich. A fusão cênica e musical é o seu ponto principal, como aconteceu am alguns grupos como Cantrix, Art Show e os Garçons-Cantores do Brooklyn Restaurante. É integrante do Grupo Flama e participou de “Pierrô e Colombina”, "Estado de Sede", “Muita Chuva e Um Bolero” e sua principal e atual participação: "Passando o Chapéu", uma intervenção cênica e musical baseada na maior cantora francesa, Edith Piaf. Foi apresentado na Virada Cultural 2009, Museu da Língua Portuguesa, Casa das Rosas e Sesc Pompéia Hoje participa da Ala dos Compositores e Pesquisas do Kolombolo diá Piratininga (Grêmio Recreativo de Resistência Cultural ao Samba Paulista). Com ele participa de shows com compositores da velha guarda de São Paulo, como Ideval Anselmo, Eliseth Rosa (Vai Vai), Zé Maria do Peruche e Tias Baianas. E, por final, desenvolve e lidera o projeto chamado "O Cafofo”.
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domingo, 8 de agosto de 2010
Poeta Antônio Lázaro de Almeida Prado
BIOGRAFIA SUMÁRIA
Nasci em Piracicaba em 1925Cursei na mesma cidade, no Instituto de Educação Sud Mennuci, o Primário, o Ginásio e o Colégio Clássico.
Aprovado, em 1º lugar, cursei Letras Neolatinas na USP, logo assumindo o cargo de Assistente de Língua e Literatura Italiana em 1953. Lecionei na USP de 1953 a 1958, ocasião em que pertenci a 1ª equipe dos Fundadores da FFCL de Assis (depois Faculdade de Ciências e Letras, campus de Assis, UNESP).
Obtive os títulos de Doutor e de Livre Docente pela Cadeira de Língua e Literatura Italiana da USP.
Aos 33 assumi a Titularidade das Cadeiras de Língua e Literatura Italiana que acumulei com a de Teoria Literária e Literatura Comparada, pela qual me aposentei em 1988.
Recebi da FCL UNESP o título de Professor Emérito, e da Egrégia Câmara Municipal de Assis o título de Cidadão Assisense.
Examinei um número muito alto de Teses de Doutoramento, Livre Docência e Cátedra na USP e nos Campi da UNESP, na Escola de Sociologia e Política, em campi universitários de Bauru e Maringá (PR).
Promovi na UNESP de Assis as Noites de Música e Poesia, o Centro de Estudos Literários Alceu Amoroso Lima, o Dialogo Múltiplo, a Catequese Musical, o Festival de Artes, e (ainda em São Paulo) o 1º Festival de Artes Universitário. Ali, também, dei cursos de Português para italianos no Instituto Italo-Brasileiro.
Fui (precocemente) Assistente da PUCSP.
Continuo a promover (com minha filha Fernanda Maria Bueno de Almeida Prado) o Chama Poética (sarau de Música e Poesia) na USP, na Casa das Rosas , na Biblioteca de São Paulo e no Museu da Língua Portuguesa.
Em Assis, no diário Voz da Terra mantenho três colunas culturais: Calidoscópio, Livros sobre a mesa e Poesia em Rosa dos Ventos.
Continuo, pois, na ativa, na altura de completar 85 anos, sendo desde 1943, Membro da UBE (União Brasileira de Escritores) e da API (Associação Paulista de Imprensa).
Assis, 8 de abril de 2010
E-mail: professorprado.prado@gmail.com
http://antologiamomentoliterocultural.blogspot.com/2010/04/antonio-lazaro-de-almeida-prado.html
Poesia: http://ciclodaschamas.blogspot.com/
Crítica: http://www.tirodeletra.com.br/folhetim/PerfilAlmeidaPrado.htm
http://revistacontemporartes.blogspot.com/2010/04/o-poeta-antonio
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